sobre ela. Alvo se conteve a não mirar a placa de bronze, com receio de ser novamente transportado para outra dimensão.
– Colin! – chamou Alvo pelo canto da boca. – Colin você está ai! Sou eu Alvo. Alvo Potter! Preciso falar com você.
Porém não ouve resposta.
Alvo ficou no silêncio, sem ao menos receber um “olá” do amigo fantasma. Parecia que Colin havia embarcado em uma das carruagens e passado o Natal fora da escola. Desacreditado de que Colin estivesse disposto a conversar com ele, Alvo voltou lenta e tristonhamente para a sala comunal. Ele esperava obter algumas respostas do fantasma que, ou bem ou mal, poderia saber de alguma coisa, já que ele, diferente dos alunos, tinha livre acesso a todas as instalações do castelo.
Depois de muitos meses Alvo voltou a ter pesadelos.
Desta vez ele caminhava sozinho pela Floresta Proibida, descalço e vestido apenas com seu pijama. Não havia vento, as árvores e suas folhas permaneciam imóveis, sem sinal de vida ou de magia. Muitos bruxos e bruxas acreditam que as árvores são um dos seres que mais possuem habilidades mágicas. Alguns acreditam que algumas são hospedeiras de dríades, ninfas associadas ao carvalho, que nasciam junto com as árvores tornando-se apenas uma. Havia, há muitos séculos atrás, uma arte esquecida de se comunicar com as dríades, mas aqueles que a dominavam foram morrendo aos poucos e sem passar seus ensinamentos para outros bruxos ou bruxas.
Aos poucos as árvores se tornavam maiores e mais densas até que ele chegou novamente ao ponto onde Hagrid levava sua turma para estudar sobre as lesmas lançadoras de pus. Desta vez havia somente um homem perto da árvore e ao seu lado um grande morcego prateado que parecia lhe passar instruções. Alvo não entendia o que o morcego prateado falava com o outro homem, ele estava distante dos dois. Também não havia como identificar o bruxo, pois ele estava coberto por uma capa tão grande que mais parecia flutuar sozinha.
Quando o morcego terminou de orientar seu subordinado, o bruxo fez uma cortês reverência e partiu de volta, na direção do castelo. O morcego então se voltou para Alvo. O garoto não sabia se aquilo era real ou não. Não tinha certeza de se era somente um sonho, uma visão ou predição. Parecia mania dos Potter ter sonhos confusos que no final significavam algo de importante.
– Esta é apenas a forma que eu uso quando quero deixar meu esconderijo – afirmou o morcego com uma voz tenebrosa, fria e alarmante. – Este é apenas meu Patrono, Alvo Potter, sim eu posso conjurar um. E será muito bom que você me tema. Em breve nós encontraremos cara a cara e fatalmente serão seus últimos segundos vivo. Necessito de você para finalizar meu plano e receber minha merecida condecoração.
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