globo entediante quando as aulas avançassem para a parte teórica. Cuidar de uma coruja talvez fosse divertido, mas descrever em menos de cinco minutos todos os membros do intestino delgado da mesma seria muito chato.
No fim do café uma discussão rondou o pequeno grupo de quatro amigos que se distanciavam de suas respectivas mesas. Alvo e Agamenon começaram com uma conversa sobre as passagens secretas de Hogwarts. Como membro oficial dos Malignos, Agamenon já havia utilizado quase todas as entradas e saídas secretas desobstruídas da escola, exceto uma. O minúsculo túnel subterrâneo que dava à Casa dos Gritos. Construção a muito amaldiçoada pelos habitantes de Hogsmeade, que alegavam ouvir vários gritos uivos e barulhos de objetos sendo destruídos durante a noite. Nenhum Maligno até hoje havia um motivo demasiadamente concreto para se arriscar de tal forma, pois além de estar violando algumas regras de Hogwarts, o estudante também deveria arriscar sua integridade ao opor-se à imensa árvore que era o Salgueiro Lutador. Foram Ted Lupin, Ethan Humberstone e Sabrina Hildegard os únicos Malignos que tentaram atravessar a passagem. No segundo ano de Ted (o primeiro de Ethan e Sabrina), os jovens queriam desvendar o mistério da passagem e se aventurar pelo povoado de Hogsmeade, pois ainda não tinham permissão para fazê-lo. No final das contas Ted havia sido locauteado por alguns ramos do Salgueiro, enquanto Sabrina e Ethan tiveram cortes superficiais no rosto e nos braços, mas nada que estragasse a diversão e o prazer dos garotos.
– Então o faremos agora – disse Alvo a Escórpio, Agamenon e Lívio, já articulando como chegar ao túnel.
– Segundo o relatado por Sabrina e Ethan, existe um nó específico que, caso seja tocado por qualquer objeto, transforma o Salgueiro Lutador em um mero Arbusto Dócil, capaz de deixar que qualquer um usufrua de sua passagem. – contou Agamenon, quando os quatro deixaram o vestíbulo do Salão Principal. – Mas Lívio não deveria estar em alguma aula junto da Lufa-Lufa?
Lívio remexeu por entre suas vestes e retirou um novíssimo e pequeno bloco de notas encadernado com couro de seu bolso. Fora o presente que seu velho e doente avô lhe dera de Natal. Um presente simples, mas útil que impedia Lívio de ter de carregar uma quantidade extra de rolos de pergaminhos.
Eu deveria estar na aula de Feitiços. Mas como ela é opcional para mim, e vocês parecem tão dispostos a mergulharem nessa arriscada brincadeira junto ao Salgueiro Lutador... Nada como me enturmar um pouco mais.
Realmente Lívio havia conquistado muitos mais amigos com o passar do tempo. Nenhum membro de sua casa continuara a caçoar de sua mudez. Em sua grande maioria, os corvinalinos o respeitavam e o tratavam como um igual. Somente precisavam de certa paciência quando estabeleciam um diálogo com Lívio. Seus melhores amigos consistiam em Kevin Marsten e José Goldstein. Um, assim como
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