segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Revolta da Murta-Que-Geme, pág 2



– A Profª Vector requisitou que os treinos desse ano fossem feitos com duas casas dividindo o capo. – Erico bagunçou os cabelos e depois aproveitou a proximidade de sua mão para coçar a nuca. – Ela alegou que era desperdício de tempo e espaço que as equipes utilizassem todo o campo para os treinos. E suas alegações ficaram mais claras quando ela descobriu que nós só precisávamos de dois jogadores novos. Ficaremos com esse lado do campo e o outro nós teremos de ceder.
– Por favor, pela magia de Merlim, não me diga que teremos de dividir o campo com a Grifinória! – Beetlebrick girava seu bastão de batedor com nervosismo, fazendo-o parecer uma hélice de helicóptero. O movimento ficou tão rápido que o bastão ganhou força e escapou dos dedos de Stuart, caindo a uns dois metros de distância.
– A Grifinória só vai fazer testes para reservas – Erico parecia enjoado com a flexibilidade e o conforto dos rivais grifinórios. – Vão pegar o campo mais tarde. Não, teremos de dividir o campo com a Lufa-Lufa. E eles já estão chegando...
Erico apontou com a cabeça para o lado extremamente oposto de onde eles se encontravam do campo. Um amontoado de jovens e crianças vestidos de amarelo como enormes canários adentrava ao campo de Quadribol já com diferentes tipos de vassouras nas mãos. Liderando o grupo de lufalufinos estava seu capitão, o goleiro Summers que carregava em suas mãos uma caixa retangular de cor azul escura como o início da noite com um enorme brasão de Hogwarts bordado na tampa. Sem prestar nenhuma condolência aos colegas da Sonserina, Summers se voltou para seus colegas de casa e desandou a berrar instruções para eles. Cada lufalufino as ouviu com atenção. Era bem estranho comparar as duas equipes. De um lado uma equipe disciplinada como a da Lufa-Lufa e de outro a festeira e orgulhosa da Sonserina. Alvo logo concluiu que eles teriam de trabalhar muito se quisessem repetir a dose de campeão do campeonato passado.
Do lado da Sonserina, quase todos os alunos já haviam separado suas vassouras que usariam durante os testes, os únicos que ainda pareciam não ter chegado a um comum acordo eram Tibério Nott e Carter Danforth, que naquele ano decidira que tentaria uma vaga como batedor da equipe. Ambos terceiranistas brigavam pela última Nimbus desocupada. Cada um segurava a vassoura de um lado, e ambos travavam um emocionante cabo de guerra contra o outro. Danforth segurava o lado da piaçava com as duas mãos, mas com cuidado para não danificar a vassoura, e Tibério puxava o lado do cabo com os olhos semi cerrados e os dentes trincados. Ao final da disputa, Nott finalmente notara a preocupação de Danforth em não danificar a vassoura e aproveitou aquilo para ganhar alguma vantagem. Como ato final, Nott deu um puxão brusco para um lado com a vassoura, o que forçou Danforth a segui-lo se não quisesse arrancar metade da palha da vassoura. O melhor amigo de Ralf se enrolou em suas próprias pernas e perdeu o equilíbrio, caindo, com um baque abafado pela grama no chão.
Com um sorriso de desdém, Nott montou em sua nova Nimbus 2010 e Carter teve de se conformar com uma Comet 220, malcuidada e que sempre fazia mais força para a esquerda.
– Todos prontos?! – era mais uma ordem do que uma pergunta. Erico se endireitou em sua Firebolt e encarou os alunos prestes a serem testados. – Então montem logo

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