segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Revolta da Murta-Que-Geme, pág 11



Eduardo Jones brincavam com os tentáculos pegajosos da Lula Gigante e riam como duas crianças quando a lula jogava água sobre eles.
Alvo desgrudou o olhar daquelas tentadoras cenas para voltar a seus estudos. Se ele concluísse os trabalhos de Tecnomancia, escrevesse ao menos a metade do resumo das cruzadas dos fantasmas e redesenhasse meus mapas estelares sem errar talvez desse tempo para dar um mergulho no lago.
Ele não pensou muito sobre os detalhes das Cruzadas dos Fantasmas, mas acreditava que o Prof Binns não descontasse muitos pontos dele, ainda mais se ele colocasse alguns dos nomes dos marinheiros que lembrava e ainda mais se conseguisse distinguir os humanos dos fantasmas. Certamente ele teria de passar toda aquela redação a limpo, pois havia rabiscado umas três vezes o nome do marinheiro fantasma Uritan “Crista de Galo” Chadwick antes de finalmente conseguir escrever seu nome certo, mas para isso havia como enfeitiçar uma pena qualquer para que ela fizesse esse trabalho monótono por ele. Alvo estava quase concluindo os motivos que levaram uma das embarcações a desistir da cruzada quando Ethan Humberstone sentou-se na mesa à frente dele. O setimanista bonitão e querido pelos professores parou e ficou encarando fixamente sua mochila que também foi depositada na mesa.
– Oi, Ethan – cumprimentou Alvo de uma maneira baixinha que não chamasse a atenção de Madame Pince.
Passaram-se dez segundos até que Ethan encarara Alvo, e com um tom de voz ainda mais baixo respondeu:
– Eh – ele bufou, abrindo o zíper da mochila. Como está Alvo? Soube que hoje eram os testes para a equipe da Sonserina e da Lufa-Lufa... Eu não pude ir. Estou doente.
– Lamento – falou Alvo enquanto acrescentava mais umas duas palavras a sua redação. – Mesmo assim, você mostrou disposição, não é? Ainda que esteja doente vêm à biblioteca para se adiantar nos deveres... É isso que está fazendo aqui? Ou é algo para os Malignos?
Ethan estava tirando algo da mochila, mas se deteve. Alvo só teve tempo para ver a tampa de um pacote coberto de papel pardo com um selo do Ministério antes de Ethan o afundar de volta na mochila.
– Não, não é nada para os Malignos – ele levou a mão direita à boca e tossiu três vezes. – Era uma coisa particular. Besteira, nada demais... E você, atolado com os deveres?
– Só um pouco – mentiu – com uns deveres do Binns. Você por acaso ainda se lembra sobre “As Cruzadas dos Fantasmas”?
– Acho que ainda me lembro de algumas coisas. Quer ajuda?
Sem parecer oferecido, Alvo aceitou.
Ethan mudou de lugar na mesa e os dois começaram a reescrever a redação de Alvo. Logo que eles começaram, Alvo percebeu que Ethan foi modesto quando disse que ainda lembrava-se de alguma coisa. Sem sombra de dúvidas ele era um exímio conhecedor das tais malditas cruzadas fantasmas e ainda tinha paciência para soletrar todos os nomes estranhos para Alvo (volta e meia ele era interrompido por mais um acesso de tosses). Levando a metade do tempo total que Alvo levaria

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