sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Regresso ao Castelo, pág 3


trouxas ainda não tivesse prática com o volante, mas devido ao seu elo com os costumes dos bruxos, ele havia perdido toda a habilidade que sonhara ter quando era um garotinho que não tinha carteira nem idade para dirigir.
– Vamos logo, senão não arranjaremos bons lugares e vai ser a mesma agitação do ano passado! – exclamou Tiago saltando por sua mala que Monstro fazia voar.
– Contanto que eu não tenha de dividir a cabine com aquele rato crescido da Rosa, está tudo bem – falou Alvo colocando a mochila nas costas e partindo para fora de casa.
– Será que dessa vez eu poderei ir com eles? – perguntou Lílian angelicalmente para Gina, a qual tinha a saia presa pelas mãos delicadas da filha.
– Só mais um ano. Exatamente em um ano você estará indo para Hogwarts – informou Gina torcendo para que isto agradasse a filha, mas algo bem lá dentro já informava que não seria o suficiente.
– Mas eu quero ir hoje! – chorou ela como no ano anterior e no outro antes daquele.
– Meus senhores e minhas senhoras, meu mestre já estacionou o veículo na calçada – disse Monstro como uma daquelas vozes que se escuta no aeroporto informando sobre os voos e os cancelamentos. – E ele não derrubou a lata de lixo nem a caixa de correio trouxa!
– Vamos logo, o trem sai em uma hora e vinte! – berrou Harry de dentro do carro.
Apressados, os quatro correram escadas abaixo em direção ao conversível da família. Monstro parou, como sempre, embaixo da porta e ficou acenando mecanicamente para seus mestres, sem esboçar nenhum sorriso ou qualquer outro sentimento. Apenas ficou acenando enquanto o motor esquentava e o carro partia. O veículo zumbira forte e cortara o vento lentamente eliminando apenas um pequeno filete de fumaça incolor, que aquecia o ar e depois esfriava.
A viagem até a estação de King’s Cross fora relativamente tranqüila. Nem mesmo o habitual engarrafamento londrino fora o suficiente para fazer com que algo desse errado. Alvo não tinha muita certeza se todos os carros podiam fazer isso, mas o dele conseguia passar pelos pequenos espaços entre a calçada de pedestres e os carros como se nada acontecesse e sem falar na misteriosa habilidade de Harry manobrar por entre carros com uma precisão muitíssimo meticulosa. A família chegara à estação com folga. Trinta minutos separavam Alvo do embarque no expresso carmesim que levava a escola de Hogwarts.
Em grupos, eles esvaziaram o porta-malas do carro e passaram cada malão para os carrinhos da estação. Quando passaram pelo portal o segurança os cumprimentara com um risonho “Dia” seguido de um leve remexer em sua boina.
As rodinhas vibravam e rangiam conforme Alvo e Tiago levavam seus carrinhos como se competissem entre si para como “O melhor piloto de carrinho de mão”. No caminho até as pilastras das plataformas nove e dez, Alvo pode ver algumas caras 

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