sábado, 20 de outubro de 2012

A última reunião do Sr Tavares, pág 17



eram os resquícios da poção que escapava da ponte e que se congelara instantaneamente.
A Nova Caixa de Pandora, em seguida, começou a expelir uma fumaça negra diferente de tudo que Alvo já havia visto. Era como se a obscuridade e a escuridão do mundo tivessem se condensado e escorresse pelos lados da caixa em forma de fumaça.
Quando Alvo já achava que aquilo tudo já era horripilante, algo pior aconteceu.
Outra mão podre e repleta de feridas surgiu da caixa e a agarrou como se buscasse apoio. Seus braços eram igualmente feridos e sujos, e conforme se erguiam da caixa se mostravam mais horrendos e assassinos. Alvo sentia como se a esperança e a felicidade do mundo começassem a se esvair aos poucos e serem canalizadas no interior da caixa.
A criatura continuava a se erguer, e os homens sombra nada pareciam espantados. Finalmente quando seu corpo todos estava flutuando fora da caixa, Alvo desejara que ele nunca tivesse saído. Seu corpo magro e esquelético era coberto por um manto sujo que escorregava por sua cintura e se unia a uma capa. Seu rosto era coberto por um capuz, sem poder ver seus olhos. Suas mãos saíram de dentro da capa e se mostraram brilhosas. Com um brilho incomum e sinistro, revelando mais feridas como a de um corpo esfaqueado que se deteriorava em algum líquido fedorento.
Alvo abaixou os olhos tentando desviar o olhar da besta que deslizava para longe do Comensal da Morte em direção ao Sr Tavares, mas não conseguiu. Quando o fez, seu estômago se contorceu e uma ânsia de vômito tomou seu corpo. Ele cuspiu dentro do malão e limpou a baba com restos de alimento dos cantos da boca e voltou a olhar para o círculo que assinalava cada vez mais a cova de Pascal Tavares.
O dementador se aproximava mais velozmente. Sua mão se esticou e envolveu o pescoço do homem, assim como fez o comensal minutos atrás, porém a mão do dementador parecia mais ameaçadora e cruel. Apertando cada vez mais o pescoço, fazendo o rosto de Tavares se assemelhar a um pimentão e seus olhos se esbugalharem.
– Vamos ver se você dispõe de alguma boa lembrança – apostou o Comensal da Morte rindo levianamente.
O dementador inspirou pesadamente, sugando mais que o ar gélido que o rondava. Alvo apertou ainda mais os dedos contra a aba do malão e trincara os dentes com mais força. Estava difícil respirar. Seus pulmões estavam compactados e seu corpo estava imerso em um frio colossal que o fazia tremer até em partes que ele não sabia que tremiam.
Lá no círculo de homens sombra, o dementador revelava sua boca podre e ferida ao Sr Tavares que a encarava com olhos de extrema loucura e temor. O dementador se aproximava cada vez mais da boca de Tavares. O homem não respirava com tanta

Nenhum comentário:

Postar um comentário