eram
os resquícios da poção que escapava da ponte e que se congelara
instantaneamente.
A
Nova Caixa de Pandora, em seguida, começou a expelir uma fumaça negra diferente
de tudo que Alvo já havia visto. Era como se a obscuridade e a escuridão do
mundo tivessem se condensado e escorresse pelos lados da caixa em forma de
fumaça.
Quando
Alvo já achava que aquilo tudo já era horripilante, algo pior aconteceu.
Outra
mão podre e repleta de feridas surgiu da caixa e a agarrou como se buscasse
apoio. Seus braços eram igualmente feridos e sujos, e conforme se erguiam da
caixa se mostravam mais horrendos e assassinos. Alvo sentia como se a esperança
e a felicidade do mundo começassem a se esvair aos poucos e serem canalizadas
no interior da caixa.
A
criatura continuava a se erguer, e os homens sombra nada pareciam espantados.
Finalmente quando seu corpo todos estava flutuando fora da caixa, Alvo desejara
que ele nunca tivesse saído. Seu corpo magro e esquelético era coberto por um
manto sujo que escorregava por sua cintura e se unia a uma capa. Seu rosto era
coberto por um capuz, sem poder ver seus olhos. Suas mãos saíram de dentro da
capa e se mostraram brilhosas. Com um brilho incomum e sinistro, revelando mais
feridas como a de um corpo esfaqueado que se deteriorava em algum líquido
fedorento.
Alvo
abaixou os olhos tentando desviar o olhar da besta que deslizava para longe do
Comensal da Morte em direção ao Sr Tavares, mas não conseguiu. Quando o fez,
seu estômago se contorceu e uma ânsia de vômito tomou seu corpo. Ele cuspiu
dentro do malão e limpou a baba com restos de alimento dos cantos da boca e
voltou a olhar para o círculo que assinalava cada vez mais a cova de Pascal
Tavares.
O
dementador se aproximava mais velozmente. Sua mão se esticou e envolveu o
pescoço do homem, assim como fez o comensal minutos atrás, porém a mão do
dementador parecia mais ameaçadora e cruel. Apertando cada vez mais o pescoço,
fazendo o rosto de Tavares se assemelhar a um pimentão e seus olhos se esbugalharem.
–
Vamos ver se você dispõe de alguma boa lembrança – apostou o Comensal da Morte
rindo levianamente.
O
dementador inspirou pesadamente, sugando mais que o ar gélido que o rondava.
Alvo apertou ainda mais os dedos contra a aba do malão e trincara os dentes com
mais força. Estava difícil respirar. Seus pulmões estavam compactados e seu
corpo estava imerso em um frio colossal que o fazia tremer até em partes que
ele não sabia que tremiam.
Lá no círculo de homens
sombra, o dementador revelava sua boca podre e ferida ao Sr Tavares que a
encarava com olhos de extrema loucura e temor. O dementador se aproximava cada
vez mais da boca de Tavares. O homem não respirava com tanta
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