e
mãos rudes. O outro era mais magro com uma estatura mediana e cabelos longos
que escapavam do manto escuro que cobria seu corpo. O terceiro era mais baixo e
frágil, mas parecia ter um “quê” de ameaçador. E o quarto era alto mais se
assemelhando a uma vareta de bambu, com pernas longas e desengonçadas.
–
Cavalheiros, – ofegou o Sr Tavares tentando ocultar seu medo com perfeição. Ele
engoliu a seco conforme analisava como um escaneador os homens encapuzados e
mascarados que o rondavam – voltamos a nos encontrar mais uma vez. Esperava que
vocês fossem me contatar quando eu voltasse à Grã-Bretanha.
–
Nós – bramou em inglês o de cabelos longos com uma voz esganiçada e abafada pela
máscara – não queremos mais que coloque seus pés imundos em nosso país, Pascal!
–
Se era só o que queriam me dizer, por que não usaram o espelho?
–
Não é apenas isso que queremos com você, imundo – pestanejou o mais gordo de
maneira rude e nebulosa.
–
Você não está mais nos servindo. O que houve? – perguntou o de cabelos longos e
brancos em tom sarcástico. – Ou passou pela sua cabeça tola que organizar
joguinhos de quadribol nos agrada? Estamos nos arriscando mais do que
deveríamos devido à sua falta de consideração. Se estivesse em seu posto na
Grã-Bretanha estaria ouvindo os rumores e as manchetes sobre a morte que
ocasionamos. O outro também já fora
silenciado e agora as duas crianças foram marcadas. Não há mais chances de
nossos planos darem errado.
–
Mas tenho que cuidar de minha vida profissional! – bramiu Pascal suportando por
mais algum tempo suprimir sua irritação com os homens. – Ajudar os senhores em
uma tarefa como a de distrair o ministro foi apenas uma diversão... Uma
peripécia! Mas minha vida não se resume a me arriscar em pró de uma revolução
que eu nem ao menos tenho total conhecimento! Sou um homem de princípios!
–
Princípios quais que muitas vezes não são aprovados pelos demais – retorquiu o
de cabeleira longa. Alvo pode perceber que Pascal enrijecera ao tomar
conhecimento de que os homens de fumaça sabiam sobre seu passado. – Sim,
Pascal. Nós sabemos sobre sua vida... Sabemos que você foi aliado de Lacedêmon
Serebrenick em seus tempos de glória. Que lutou ao seu lado durante as batalhas
que arrasaram seu país!
–
E como tenta jogar isto na minha cara?! Você
mais que ninguém não tem o mínimo
direito de discriminar minhas atitudes passadas. Naquele tempo eu era jovem e gostava de aventuras... Não muito
diferente de você e de seu filho que se aliaram ao dito Lorde Voldemort!
–
Como ousa falar o nome do Lorde das Trevas?! – retumbou o de ombros largos como
um trovão.
– E como arrisca mencionar
o meu filho?! – berrou o de cabelos
longos e brancos avançando contra Tavares com uma fúria que Alvo só vira uma
vez na vida. A mão
Nenhum comentário:
Postar um comentário