sábado, 20 de outubro de 2012

A última reunião do Sr Tavares, pág 11



e mãos rudes. O outro era mais magro com uma estatura mediana e cabelos longos que escapavam do manto escuro que cobria seu corpo. O terceiro era mais baixo e frágil, mas parecia ter um “quê” de ameaçador. E o quarto era alto mais se assemelhando a uma vareta de bambu, com pernas longas e desengonçadas.
– Cavalheiros, – ofegou o Sr Tavares tentando ocultar seu medo com perfeição. Ele engoliu a seco conforme analisava como um escaneador os homens encapuzados e mascarados que o rondavam – voltamos a nos encontrar mais uma vez. Esperava que vocês fossem me contatar quando eu voltasse à Grã-Bretanha.
– Nós – bramou em inglês o de cabelos longos com uma voz esganiçada e abafada pela máscara – não queremos mais que coloque seus pés imundos em nosso país, Pascal!
– Se era só o que queriam me dizer, por que não usaram o espelho?
– Não é apenas isso que queremos com você, imundo – pestanejou o mais gordo de maneira rude e nebulosa.
– Você não está mais nos servindo. O que houve? – perguntou o de cabelos longos e brancos em tom sarcástico. – Ou passou pela sua cabeça tola que organizar joguinhos de quadribol nos agrada? Estamos nos arriscando mais do que deveríamos devido à sua falta de consideração. Se estivesse em seu posto na Grã-Bretanha estaria ouvindo os rumores e as manchetes sobre a morte que ocasionamos. O outro também já fora silenciado e agora as duas crianças foram marcadas. Não há mais chances de nossos planos darem errado.
– Mas tenho que cuidar de minha vida profissional! – bramiu Pascal suportando por mais algum tempo suprimir sua irritação com os homens. – Ajudar os senhores em uma tarefa como a de distrair o ministro foi apenas uma diversão... Uma peripécia! Mas minha vida não se resume a me arriscar em pró de uma revolução que eu nem ao menos tenho total conhecimento! Sou um homem de princípios!
– Princípios quais que muitas vezes não são aprovados pelos demais – retorquiu o de cabeleira longa. Alvo pode perceber que Pascal enrijecera ao tomar conhecimento de que os homens de fumaça sabiam sobre seu passado. – Sim, Pascal. Nós sabemos sobre sua vida... Sabemos que você foi aliado de Lacedêmon Serebrenick em seus tempos de glória. Que lutou ao seu lado durante as batalhas que arrasaram seu país!
– E como tenta jogar isto na minha cara?! Você mais que ninguém não tem o mínimo direito de discriminar minhas atitudes passadas. Naquele tempo eu era jovem e gostava de aventuras... Não muito diferente de você e de seu filho que se aliaram ao dito Lorde Voldemort!
– Como ousa falar o nome do Lorde das Trevas?! – retumbou o de ombros largos como um trovão.
– E como arrisca mencionar o meu filho?! – berrou o de cabelos longos e brancos avançando contra Tavares com uma fúria que Alvo só vira uma vez na vida. A mão

Nenhum comentário:

Postar um comentário