estava
em posse de Farney. Ele atraia Ramos e Pires para muito alto, em uma altura que
talvez fosse como dois relógios Big Ben juntos. Furtivamente, Farney deixou a goles escapulir de entre seus
braços e escorregar por entre os brasileiros que quase se chocaram tentando
agarrá-la. Como uma sagaz ave de caça, Slinkhard agarrou a goles e debruçou-se
sobre sua vassoura, ganhando velocidade. Cara a cara com o goleiro desesperado
do Brasil, ela fingiu lançar a goles, desarmando Oliveira, e depois a
arremessou, acertando o alvo.
“GOL!
MAIS UM GOL DE SLINKHARD! INGLATERA MAIS QUE NUNCA NA FRENTE! O PLACAR É:
INGLATERRA: CENTO E VINTE; BRASIL OITENTA!”
A
superioridade inglesa era visível, e a frustração brasileira também. A torcida
não estava mais tão eufórica quanto antes e Alvo – com a ajuda de seu onióculo
– conseguiu ver Pedro Bellinaso muxoxo em sua cadeira com o chapéu de canários
desativado. A única esperança do Brasil seria se o pomo fosse capturado por
Marco, mas era Bradley quem dava as cartas.
Com
um giro de cento e oitenta graus, ele virou o corpo e partiu como um cometa em
direção ao centro das torcidas. Marco, desesperado o seguiu. O brasileiro
evidentemente sabia como manusear uma vassoura, mas o que ele fazia com a
Firebolt fazia Alvo lembrar-se de Sara Aubrey, uma garota que adorava quadribol
e medicina, que transformava uma Nimbus
em uma máquina veloz. Em segundos, Marco já estava próximo a piaçava da
vassoura de Bradley.
As
torcidas prenderam a respiração mais uma vez. O pomo já era visível e Bradley ganhava
velocidade e perdia distância. Ele já estava mais confiante de que capturaria o
pomo, assim, esticou sua mão o máximo que podia para tentar terminar logo o
jogo. Fora da disputa pelo pomo, os brasileiros haviam marcado mais uma vez,
mas ninguém estava reparando muito nisso. Até as fadas conseguiam reproduzir
habilidosamente as imagens de Bradley e Marco no combate pelo pomo.
–
Agora ele vai pegar! – exclamou Alvo.
–
Finalmente – disse Rosa.
–
Seremos campeões! Depois de décadas, nós seremos campeões! – berrava Tiago já
pulando de alegria.
–
Melhor não cantar vitória antes da hora – aconselhou a voz de Escórpio Malfoy
mais atrás. Alvo não pode conter-se e virou-se para ver o amigo, que o estudava
e logo depois suas palavras tomaram força e como uma profecia arruinaram a
noite.
Um
balaço cortou o ar e atingira o estômago de Bradley. O apanhador se desprendeu de
sua vassoura e começou uma jornada de queda livre. Sorrindo, Miranda sustentava
o bastão certeiro sobre o ombro, e acolhia as vivas e as vaias das torcidas.
Com
um novo ânimo aflorando seu corpo, Marco avançou com sua vassoura e se aproximava
do pomo. Ele projetara o corpo para frente e abrira a mão, logo a fechando. E a
torcida explodiu em comemoração...
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