domingo, 9 de setembro de 2012

A 428ª Copa Mundial de Quadribol, pág 19



estava em posse de Farney. Ele atraia Ramos e Pires para muito alto, em uma altura que talvez fosse como dois relógios Big Ben juntos. Furtivamente, Farney deixou a goles escapulir de entre seus braços e escorregar por entre os brasileiros que quase se chocaram tentando agarrá-la. Como uma sagaz ave de caça, Slinkhard agarrou a goles e debruçou-se sobre sua vassoura, ganhando velocidade. Cara a cara com o goleiro desesperado do Brasil, ela fingiu lançar a goles, desarmando Oliveira, e depois a arremessou, acertando o alvo.
“GOL! MAIS UM GOL DE SLINKHARD! INGLATERA MAIS QUE NUNCA NA FRENTE! O PLACAR É: INGLATERRA: CENTO E VINTE; BRASIL OITENTA!”
A superioridade inglesa era visível, e a frustração brasileira também. A torcida não estava mais tão eufórica quanto antes e Alvo – com a ajuda de seu onióculo – conseguiu ver Pedro Bellinaso muxoxo em sua cadeira com o chapéu de canários desativado. A única esperança do Brasil seria se o pomo fosse capturado por Marco, mas era Bradley quem dava as cartas.
Com um giro de cento e oitenta graus, ele virou o corpo e partiu como um cometa em direção ao centro das torcidas. Marco, desesperado o seguiu. O brasileiro evidentemente sabia como manusear uma vassoura, mas o que ele fazia com a Firebolt fazia Alvo lembrar-se de Sara Aubrey, uma garota que adorava quadribol e medicina, que transformava uma Nimbus em uma máquina veloz. Em segundos, Marco já estava próximo a piaçava da vassoura de Bradley.
As torcidas prenderam a respiração mais uma vez. O pomo já era visível e Bradley ganhava velocidade e perdia distância. Ele já estava mais confiante de que capturaria o pomo, assim, esticou sua mão o máximo que podia para tentar terminar logo o jogo. Fora da disputa pelo pomo, os brasileiros haviam marcado mais uma vez, mas ninguém estava reparando muito nisso. Até as fadas conseguiam reproduzir habilidosamente as imagens de Bradley e Marco no combate pelo pomo.  
– Agora ele vai pegar! – exclamou Alvo.
Finalmente – disse Rosa.
– Seremos campeões! Depois de décadas, nós seremos campeões! – berrava Tiago já pulando de alegria.
– Melhor não cantar vitória antes da hora – aconselhou a voz de Escórpio Malfoy mais atrás. Alvo não pode conter-se e virou-se para ver o amigo, que o estudava e logo depois suas palavras tomaram força e como uma profecia arruinaram a noite.
Um balaço cortou o ar e atingira o estômago de Bradley. O apanhador se desprendeu de sua vassoura e começou uma jornada de queda livre. Sorrindo, Miranda sustentava o bastão certeiro sobre o ombro, e acolhia as vivas e as vaias das torcidas.
Com um novo ânimo aflorando seu corpo, Marco avançou com sua vassoura e se aproximava do pomo. Ele projetara o corpo para frente e abrira a mão, logo a fechando. E a torcida explodiu em comemoração...    
           

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