domingo, 9 de setembro de 2012

A 428ª Copa Mundial de Quadribol, pág 12



individuas dando cambalhotas e torcendo seus corpos. Eles pareciam ser imunes ao fogo, pois algumas vezes eles manipulavam os fogos de artifício para fazer com que tomassem rumos distintos e formassem novas explosões de cores.
– Como eles devem ter treinado os vampiros? – perguntou Rosa com curiosidade.
– Com certeza esses vampiros são bem melhores que o que ainda está no sótão da Toca – afirmou Rony boquiaberto com a apresentação. – Aquele inútil ainda está com a minha cara! E só sabe ficar babando pelos cantos. É nojento!
– Agora, senhoras e senhores, varinhas em punho! – bradou Bagman com sua voz magicamente elevada. – Preparem-se para a receberem as mascotes da seleção nacional do Brasil!
Houve uma rajada de luz verde incandescente muito forte, como se fosse um satélite banhado por chama verde. Ele deslocava o ar com fervura e ira, de uma maneira mais rápida e fervorosa que os vampiros ingleses. Ele contornou duas vezes o estádio em tão velocidade que parecia que havia se formado uma fileira de neon verde sobre as arquibancadas do meio. Depois com um risco inclinado, o meteoro verde pousou no centro do estádio, espantando os vampiros para perto das balizas da esquerda. Quando o fogo baixou e a fumaça se dissipou, um jovem não muito mais velho que Alvo surgiu montado em um cavalo alado lindíssimo. Sua crina era bem aparada com cortes certeiros e milimetricamente iguais, seus cascos estavam ilustrados e pareciam inalteráveis conforme ele riscava a grama do estádio. Sempre que bufava o cavalo parecia soltar uma fumaça verde de suas narinas, como se fosse ele a liberar toda aquela explosão esverdeada.
– Que lindinho! – exclamou Rosa com um suspiro de afeição.
Verdadeiramente, o menino que montava o garanhão não era feio. Seus cabelos eram ralos e pareciam se ajustar com o formato de sua cabeça. Sua pele era negra e seu corpo bem estruturado e seus músculos bem fortes e definidos.
O cavalo relinchou e empinou ameaçadoramente para os vampiros ainda assustados. O jovem lhe acariciou respeitosamente a crina e murmurou alguma coisa em sua orelha esquerda. O cavalo então começou a trotar em círculos, ganhando mais e mais velocidade. Quando suas narinas voltaram a soltar fumaça verde o cavalo se desprendeu do chão e voltou a flutuar, fazendo com que a multidão de espectadores exclamasse de pé e batesse palmas com vigor. O jovem então abriu uma bolsa que estava presa à sela do cavalo, e que muitos não haviam notado. Ele desfez o laço que fechava sua boca e meteu sua mãozorra dentro dela e começou a lançar objetos avulsos para as torcidas. Era como se fosse uma venda de usados, pois os objetos que ele jogava variavam de peças de ouro puro de aspectos muito valiosos até meros utensílios de plástico remendados com fita.
– Ei! Essa é minha figurinha de Bridget Wenlock! – exclamou Tiago ao apanhar a figurinha pentagonal que caíra em sua direção.

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