individuas
dando cambalhotas e torcendo seus corpos. Eles pareciam ser imunes ao fogo,
pois algumas vezes eles manipulavam os fogos de artifício para fazer com que
tomassem rumos distintos e formassem novas explosões de cores.
–
Como eles devem ter treinado os vampiros? – perguntou Rosa com curiosidade.
–
Com certeza esses vampiros são bem melhores que o que ainda está no sótão da
Toca – afirmou Rony boquiaberto com a apresentação. – Aquele inútil ainda está
com a minha cara! E só sabe ficar babando pelos cantos. É nojento!
–
Agora, senhoras e senhores, varinhas em punho! – bradou Bagman com sua voz
magicamente elevada. – Preparem-se para a receberem as mascotes da seleção
nacional do Brasil!
Houve
uma rajada de luz verde incandescente muito forte, como se fosse um satélite
banhado por chama verde. Ele deslocava o ar com fervura e ira, de uma maneira
mais rápida e fervorosa que os vampiros ingleses. Ele contornou duas vezes o
estádio em tão velocidade que parecia que havia se formado uma fileira de neon verde sobre as arquibancadas do
meio. Depois com um risco inclinado, o meteoro verde pousou no centro do
estádio, espantando os vampiros para perto das balizas da esquerda. Quando o
fogo baixou e a fumaça se dissipou, um jovem não muito mais velho que Alvo
surgiu montado em um cavalo alado lindíssimo. Sua crina era bem aparada com
cortes certeiros e milimetricamente iguais, seus cascos estavam ilustrados e
pareciam inalteráveis conforme ele riscava a grama do estádio. Sempre que
bufava o cavalo parecia soltar uma fumaça verde de suas narinas, como se fosse
ele a liberar toda aquela explosão esverdeada.
–
Que lindinho! – exclamou Rosa com um suspiro de afeição.
Verdadeiramente,
o menino que montava o garanhão não era feio. Seus cabelos eram ralos e
pareciam se ajustar com o formato de sua cabeça. Sua pele era negra e seu corpo
bem estruturado e seus músculos bem fortes e definidos.
O
cavalo relinchou e empinou ameaçadoramente para os vampiros ainda assustados. O
jovem lhe acariciou respeitosamente a crina e murmurou alguma coisa em sua
orelha esquerda. O cavalo então começou a trotar em círculos, ganhando mais e
mais velocidade. Quando suas narinas voltaram a soltar fumaça verde o cavalo se
desprendeu do chão e voltou a flutuar, fazendo com que a multidão de
espectadores exclamasse de pé e batesse palmas com vigor. O jovem então abriu
uma bolsa que estava presa à sela do cavalo, e que muitos não haviam notado.
Ele desfez o laço que fechava sua boca e meteu sua mãozorra dentro dela e
começou a lançar objetos avulsos para as torcidas. Era como se fosse uma venda
de usados, pois os objetos que ele jogava variavam de peças de ouro puro de
aspectos muito valiosos até meros utensílios de plástico remendados com fita.
–
Ei! Essa é minha figurinha de Bridget Wenlock! – exclamou Tiago ao apanhar a figurinha
pentagonal que caíra em sua direção.
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