domingo, 9 de setembro de 2012

A 428ª Copa Mundial de Quadribol, pág 11



A Srª Malfoy pigarreou como se não conseguisse engolir alguma coisa presa em sua garganta.
– Até parece – murmurou Rony emburrando a cara.
– Ei vejam! O desfile de mascotes já começou! – apontou Tiago debruçando-se no alambrado.
– Mas que pena, terei de perder. Os irmãos Wilkes acabaram de chegar – falou Kingsley se afastando e indo em direção a dois homens que chegavam ao camarote. Alvo espiou rapidamente para onde Kingsley ia e vira-o cumprimentando um homem de barbicha e cartola de aparência respeitosa e intelectual e outro de cabelos longos que lhe tocavam o peitoril além de ter uma aparência asmática e doentia.
Ludo Bagman já tomara o megafone mágico e já ampliara magicamente o volume de sua voz. Ele seria o encarregado de narrar o jogo em inglês, enquanto o chefe do Departamento de Jogos e Esportes brasileiro, um homem chamado Lombardi, narraria o jogo em português. O telão de fadas já não fazia mais anúncios de cosméticos e varinhas com kits para polimento. Agora as fadas tomavam colorações brancas e verdes e elas também formavam o placar atual BRASIL: ZERO; INGLETERRA: ZERO.
Ludo já fizera seus pronunciamentos de abertura e os hinos nacionais de casa país já haviam sido recitados por duas cantoras belíssimas, veelas, contratadas para a cerimônia pré-jogo. Alvo colocou sua mão direita no peito esquerdo e junto com todos os ingleses e britânicos recitou o hino nacional de seu país. Um orgulho aflorou de seu coração e ele sentiu sua temperatura aumentar. Estava sendo encantador ter a Inglaterra na final da quadricentésima vigésima nona Copa Mundial de Quadribol e ter viajado e encontrado seus amigos em um país desconhecido foi ainda melhor. Só faltava o título britânico para coroar esse final de férias, e Alvo estava ansioso...
Cerca de cinqüenta criaturas vestidas com mortalhas brancas e vermelhas deslizaram pelos céus da noite em direção ao centro do campo. Suas peles eram cinzentas como nuvens ou fumaça de cigarro e seus olhos brilhavam da mesma maneira que faróis baratos de bicicletas remendadas em uma tarde de nevoeiro. Cada criatura aparentemente asquerosa aprecia pilotar uma espécie de prancha de esquiar, mas essa prancha era incandescente e explosiva, como os fogos de artifício das Gemialidades Weasley.
– Jorge seu vermezinho! Então era por isso que ele estava tão animado durante as férias! – esbravejava o tio Rony apontando freneticamente para os vampiros que se apresentavam no centro do estádio. – Foguetes Dispersores de Atenção! Ele deve ter vendido umas centenas para essa abertura!
Os vampiros pálidos e cinzentos rasgavam o vento e contornavam os estádios com seus foguetes coloridos. Alguns largavam os foguetes (que subiam aos céus e depois de uns rodopios e estampidos explodiam) e começavam a fazer apresentações

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