–
Está tudo uma maravilha, mas não sei se entendi mal, mas o senhor mencionou instalações
em florestas. Quer dizer, com
insetos, mosquitos e criaturas perigosas? – perguntou o tio Rony visivelmente
preocupado.
–
Não Sr Weasley, nossas instalações são completamente livres de infestações –
explicou o homem. – Nossos melhores homens e mulheres do Departamento de
Regulamentação, Controle, Criação e Apoio às Feras e Seres Mágicos sondaram
toda a área da floresta selecionada para garantir que não haverá nenhuma fera
perigosa que poderá causar danos à nossos convidados e torcedores. Mas se o
senhor sofre de alguma fobia não fique preocupado, Sr Weasley. Todas as feras
encontradas nos arredores da Floresta da Tijuca estão sobre quarentena e sob o
olhar de atentos pesquisadores, biomédicos, curandeiros e seguranças
–
O que foi, Rony? Nem parece que você já derrotou uma infestação de acromântulas
quando era criança – brincou Harry dando um leve soco nas costas do cunhado.
–
Cala boca, Harry.
Os
risos das crianças foram abafados por uma sonora buzina que fez com que todo o
Pico da Neblina tremesse. Conforme as portas da garagem de Bruxolunga se erguiam,
um enorme ônibus de dois andares saia de dentro de seu aconchego e se mostrava
para todos os espectadores. Não era como os ônibus de dois andares de Londres.
Ele era pesado e quadrado, como um enorme retângulo sobre rodas. O pára-choque
era baixo e bastante remendado com massas de solda possivelmente feitas pelo
Prof Arquimedes. Suas rodas eram de borracha negra e bruta, novinha em folha
com letras gravadas ao seu redor. Havia um letreiro elétrico que informava o
ponto de partida do ônibus até seu destino final. “Bruxolunga - Rio de Janeiro”, e em sua lataria branca com detalhes
em azul escuro estava o número de sua série: 0002.
–
O que houve com o outro ônibus, o primeiro? – perguntaram Lílian, Hugo e outro
garotinho do primeiro ano ao mesmo tempo quando todo o ônibus já estava para
fora de sua garagem.
–
O Prof Fagundes não gosta que comentem – falou o diretor Dumont admirando o
ônibus de sua escola. – Ele estava festejando o final de um bem sucedido ano
letivo com seus amigos e acabou pegando o ônibus emprestado. Bem... foi por
isso que hoje em dia o Ministério resolveu padronizar e regulamentar o número
de transportes voadores que superem a altitude de cem pés.
O
pequeno Prof Fagundes puxou uma alavanca e as portas do ônibus se abriram
ruidosamente. O professor saiu do ônibus saltando os degraus e limpando as mãos
sujas de graxa em um paninho negro, mas certamente ele não fora sempre daquela
cor.
– Está tudo nos trinques,
diretor – falou o Prof Fagundes com um ar de profissional em mecânica na voz.
Ele alisava com carinho a lataria do ônibus,
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