sexta-feira, 27 de julho de 2012

O Acampamento, pág 2


– Está tudo uma maravilha, mas não sei se entendi mal, mas o senhor mencionou instalações em florestas. Quer dizer, com insetos, mosquitos e criaturas perigosas? – perguntou o tio Rony visivelmente preocupado. 
– Não Sr Weasley, nossas instalações são completamente livres de infestações – explicou o homem. – Nossos melhores homens e mulheres do Departamento de Regulamentação, Controle, Criação e Apoio às Feras e Seres Mágicos sondaram toda a área da floresta selecionada para garantir que não haverá nenhuma fera perigosa que poderá causar danos à nossos convidados e torcedores. Mas se o senhor sofre de alguma fobia não fique preocupado, Sr Weasley. Todas as feras encontradas nos arredores da Floresta da Tijuca estão sobre quarentena e sob o olhar de atentos pesquisadores, biomédicos, curandeiros e seguranças
– O que foi, Rony? Nem parece que você já derrotou uma infestação de acromântulas quando era criança – brincou Harry dando um leve soco nas costas do cunhado.
– Cala boca, Harry.
Os risos das crianças foram abafados por uma sonora buzina que fez com que todo o Pico da Neblina tremesse. Conforme as portas da garagem de Bruxolunga se erguiam, um enorme ônibus de dois andares saia de dentro de seu aconchego e se mostrava para todos os espectadores. Não era como os ônibus de dois andares de Londres. Ele era pesado e quadrado, como um enorme retângulo sobre rodas. O pára-choque era baixo e bastante remendado com massas de solda possivelmente feitas pelo Prof Arquimedes. Suas rodas eram de borracha negra e bruta, novinha em folha com letras gravadas ao seu redor. Havia um letreiro elétrico que informava o ponto de partida do ônibus até seu destino final. “Bruxolunga - Rio de Janeiro”, e em sua lataria branca com detalhes em azul escuro estava o número de sua série: 0002.
– O que houve com o outro ônibus, o primeiro? – perguntaram Lílian, Hugo e outro garotinho do primeiro ano ao mesmo tempo quando todo o ônibus já estava para fora de sua garagem.
– O Prof Fagundes não gosta que comentem – falou o diretor Dumont admirando o ônibus de sua escola. – Ele estava festejando o final de um bem sucedido ano letivo com seus amigos e acabou pegando o ônibus emprestado. Bem... foi por isso que hoje em dia o Ministério resolveu padronizar e regulamentar o número de transportes voadores que superem a altitude de cem pés.
O pequeno Prof Fagundes puxou uma alavanca e as portas do ônibus se abriram ruidosamente. O professor saiu do ônibus saltando os degraus e limpando as mãos sujas de graxa em um paninho negro, mas certamente ele não fora sempre daquela cor.
– Está tudo nos trinques, diretor – falou o Prof Fagundes com um ar de profissional em mecânica na voz. Ele alisava com carinho a lataria do ônibus,

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