Os
três entregaram a água e a madeira rapidamente para Gina e para a tia Hermione
e voltaram às presas para fora da cabana, mas o assunto dos adultos já havia
mudado.
–
E então, Sr Blishwick, muito trabalho? – perguntou o tio Rony ao bruxo de
ombros largos e face cansada que passava mais uma vez o lencinho por seu rosto
suado.
–
Bastante – respondeu com ar seco. – Bram Blenkinsop atacou novamente e Bahir
Rashid conseguiu um estoque de tapetes voadores e alguns caldeirões
contrabandeados. Acreditamos que tenham procedência do Azerbaijão e da Índia,
respectivamente. Que falta faz Arthur conosco... Uma perda lastimável, mesmo...
Ele tinha um dom de conseguir resolver esses problemas – o Sr Blishwick parecia
realmente desgostoso com a morte do vovô Weasley, mas parecia que ele sentia
mais por não ter um membro competente como ele ao seu domínio do que sua falta
como pessoa.
–
Já eu não posso dizer o mesmo – falou o homem zangão. – Os homens de meu
departamento estão trabalhando duro em manter tudo nos trinques e eu ainda
estou em boa forma – ele acariciou sua barriga. – Mas também não posso deixar
de acrescentar que o Sr Lombardi também está se saindo excepcionalmente bem.
Mande meus cumprimentos a ele, Pascal.
–
Não pensaria em não fazê-lo, Sr Bagman – falou cordialmente o Sr Tavares
tirando o chapéu para Ludo Bagman, ex-jogador de quadribol e ainda chefe de
departamento no Ministério da Magia.
–
Seus cafés – disse a tia Hermione ao sair da cabana com uma bandeja de prata
com oito xícaras de café e ajudando-os a se servir.
–
E quanto ao jogo, hein Ludo? Tem alguns palpites para o que vai dar? –
perguntou Bento Diggory dando umas bicadas no café quente.
Ludo
Bagman era conhecido por suas picaretagens e por seu vício em apostas. Ao ouvir
que o Sr Diggory estava interessado em apostar seus galeões com ele, Ludo logo
meteu a mão no bolso e deixou algumas moedas de ouro e de prata banharem os
olhos de Bento. Os olhos de Diggory brilharam, mas não tanto quanto os de
Bagman.
–
Diga seus palpites, Diggory e veja se batem com os meus. Caso contrário,
faremos negócio, e que vença o melhor – disse Bagman sorrindo.
–
Ora, Bento! Nem pense nisso! – advertiu Amos olhando feito por trás de seus
óculos para seu irmão mais velho.
–
Nem pense em usar essa aposta como desculpa para mim na próxima semana,
Diggory! – resmungou Alfredo Blishwick com um olhar de censura as atividades de
Bento.
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