–
Como vai, Potter? – perguntou Nico descabelando Alvo como se ele fosse um
garotinho. – Ei, consegui uns testes para times de Quadribol. Se tudo der
certo, serei o goleiro reserva dos Falcons antes do início da próxima
temporada. E... olha por onde anda, Dougal! Desculpe-me, Alvo, esse é meu
irmãozinho.
Nico
empurrava para longe um garotinho franzinho de aspecto mal humorado que agitava
uma varinha com fervor fazendo as coisas explodirem para sua alegria.
–
Ele vai entrar para Hogwarts este ano, e papai o deixou brincar um pouco com
sua nova varinha.
–
Nico, venha logo pegar seu cachorro quente! – berrou uma voz feminina
autoritária de dentro da barraca dos Higgs.
–
Já vou, mãe! Estou aqui com Alvo Potter! Sabe, Potter! Está vendo? Eu sou amigo de um Potter, enquanto Ana só lhes
apresenta garotas fúteis e bobas como Goyle e Aubrey!
–
Não sabia que você e Higgs eram assim tão amigos – caçoou Rosa olhando para
Alvo, com seus penetrantes olhos azuis.
–
Pois é, nem eu sabia.
Ao
deixarem a área destinada à torcida da Inglaterra, os três peregrinaram pela
área das torcidas neutras, onde bruxos de outros países do mundo estavam
presentes e ansiosos pelo cair da noite e para o início da final de Quadribol.
Alvo
pode ver dois bruxos asiáticos fazendo pequenas porções de algo que parecia ser
Ramen e bolinhos de arroz com peixe cru. Sobre sua barraca havia uma enorme
bandeira do Japão, com um dragão negro serpenteando pelos cantos com uma faixa
da Escola de Magia Japonesa: Mahoutokoro.
Mais adiante, um grupo de negros africanos dançava ao som de estranhos
instrumentos de percussão e de uma animada cantiga que Alvo não identificou
devido à sua língua. Bruxas americanas jovens aparentemente recém formadas do
Instituto de Bruxas de Salém disputavam pela casa mais bem enfeitada com bruxos
da mesma idade e nacionalidade do Instituto de Bruxos de Salém.
Mais
próximos à torcida brasileira se encontravam duas cabanas habitadas por
famílias búlgaras. Alvo quase não identificou o que os primeiros búlgaros falavam,
pois utilizavam seu linguajar de origem e falavam muito rápido, mas o outro
falava em inglês e dava para ver que ele lamentava não estar nas finais.
–
Nem mesmo com Krum podemos vencer os ingleses! – exclamara ele para um bruxo
australiano. – Foi um bom jogo o das semifinais, e ontem nós garantimos o
terceiro lugar. Mas foi triste de não poder estar mais uma vez no topo.
–
Será que ele está falando de Vítor Krum? – questionou Tiago quando eles
entraram no emaranhado de brasileiros que torciam e vibravam alegremente.
–
Ele já não é meio velho para ser
profissional? – arriscou Alvo.
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