sexta-feira, 27 de julho de 2012

O Acampamento, pág 11


– Como vai, Potter? – perguntou Nico descabelando Alvo como se ele fosse um garotinho. – Ei, consegui uns testes para times de Quadribol. Se tudo der certo, serei o goleiro reserva dos Falcons antes do início da próxima temporada. E... olha por onde anda, Dougal! Desculpe-me, Alvo, esse é meu irmãozinho.
Nico empurrava para longe um garotinho franzinho de aspecto mal humorado que agitava uma varinha com fervor fazendo as coisas explodirem para sua alegria.
– Ele vai entrar para Hogwarts este ano, e papai o deixou brincar um pouco com sua nova varinha.
– Nico, venha logo pegar seu cachorro quente! – berrou uma voz feminina autoritária de dentro da barraca dos Higgs.
– Já vou, mãe! Estou aqui com Alvo Potter! Sabe, Potter! Está vendo? Eu sou amigo de um Potter, enquanto Ana só lhes apresenta garotas fúteis e bobas como Goyle e Aubrey!
– Não sabia que você e Higgs eram assim tão amigos – caçoou Rosa olhando para Alvo, com seus penetrantes olhos azuis.
– Pois é, nem eu sabia.
Ao deixarem a área destinada à torcida da Inglaterra, os três peregrinaram pela área das torcidas neutras, onde bruxos de outros países do mundo estavam presentes e ansiosos pelo cair da noite e para o início da final de Quadribol.
Alvo pode ver dois bruxos asiáticos fazendo pequenas porções de algo que parecia ser Ramen e bolinhos de arroz com peixe cru. Sobre sua barraca havia uma enorme bandeira do Japão, com um dragão negro serpenteando pelos cantos com uma faixa da Escola de Magia Japonesa: Mahoutokoro. Mais adiante, um grupo de negros africanos dançava ao som de estranhos instrumentos de percussão e de uma animada cantiga que Alvo não identificou devido à sua língua. Bruxas americanas jovens aparentemente recém formadas do Instituto de Bruxas de Salém disputavam pela casa mais bem enfeitada com bruxos da mesma idade e nacionalidade do Instituto de Bruxos de Salém.
Mais próximos à torcida brasileira se encontravam duas cabanas habitadas por famílias búlgaras. Alvo quase não identificou o que os primeiros búlgaros falavam, pois utilizavam seu linguajar de origem e falavam muito rápido, mas o outro falava em inglês e dava para ver que ele lamentava não estar nas finais.
– Nem mesmo com Krum podemos vencer os ingleses! – exclamara ele para um bruxo australiano. – Foi um bom jogo o das semifinais, e ontem nós garantimos o terceiro lugar. Mas foi triste de não poder estar mais uma vez no topo.
– Será que ele está falando de Vítor Krum? – questionou Tiago quando eles entraram no emaranhado de brasileiros que torciam e vibravam alegremente.
– Ele já não é meio velho para ser profissional? – arriscou Alvo.

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