terça-feira, 19 de junho de 2012

Trancabola, pág 3


Bruxolunga para o estádio onde seria celebrada a final da copa mundial de quadribol.
– Toda a sorte do mundo aos Jaguares e aos Tigres que se enfrentarão amanhã de manhã. Esperamos que o Grêmio de Organização de Eventos Estudantil já tenha preparado o campo para que amanhã tenhamos um esplendoroso espetáculo. Quanto à final da copa de quadribol... – o professor teve de fazer uma pausa pelos aplausos e exclamações vindas dos entusiasmados alunos das três casas da escola. – Espero que todos aqueles que tenham entregado seus nomes à Madame Castro já tenham pagado a taxa dos ingressos ao nosso tesoureiro. Para os desavisados, vocês têm até amanhã às nove horas da manhã para efetuar o pagamento da taxa se quiserem acompanhar o restante dos alunos ao Estádio Nacional de Quadribol. O transporte será comandado pelo Prof Caeculo Fagundes, que teve a generosidade de se candidatar ao posto de motorista de nosso ônibus voador. Agora, todos para cama, teremos um dia cheio pela manhã.
Ao som de burburinhos e conversas meio mornas os alunos de Bruxolunga deixaram o Salão Principal em direção a suas salas comunais. Os alunos dos Tigres deixaram o castelo e desceram a montanha do Pico da Neblina em direção ao seu sempre belo e arborizado Acampamento. Os Jaguares (incluindo é claro Pedro Bellinaso) desceram uma escada encantada em forma de caracol que perfurava o solo e abria passagem para sua caverna. Os Grifos seguiram o mesmo caminho que Alvo e seus parentes até que houve uma bifurcação das escadas absolutamente normais e hirtas da escola e os Grifos seguiram para seu poleiro na Torre Sul e Alvo e os demais seguiram para suas acomodações improvisadas na Torre Oeste.
Alvo não chegara a utilizar as instalações da Torre Oeste, mas só de entrar pela passagem de um falcão que cantava uma melodia contagiante era o suficiente para se ficar maravilhado. Alvo ficou imaginando que, se aquilo eram acomodações improvisadas, como seria se eles já tivessem sido aguardados há muito tempo?
Ao passar pelo retrato do falcão, Alvo se deparara com um cômodo relaxante que seria maravilhoso para se tirar uma soneca após o almoço. Poltronas para quatro pessoas revestidas com pelo de unicórnio estavam organizadas ao redor de uma desativada lareira que mais se assemelhava a uma boca de dragão. A qual não assustara a Alvo que já estava acostumado com a arquitetura bizarra da sala comunal da Sonserina, mas Lílian não tinha muita noção de como era o estilo artístico de certos bruxos e acabara soltando um gritinho ao ver a forma de boca da lareira. Havia quatro janelas na torre, e cada uma delas dava para uma paisagem de se admirar. A primeira janela dava para a Lagoa de Prata que, com certeza, recebia este nome por ser tão encantadora quando refletia a luz prateada do luar. Alvo pode ver alguns pontinhos rosa escuro saltando pelas águas da lagoa, em quanto uma mulher com cauda de peixe penteava seus cabelos com uma espécie de concha. Da

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