sábado, 12 de maio de 2012

A Insônia, pág 9


refrigerante para que elas espirrassem soda nos trouxas e os acertassem com moedas de cinqüenta libras.
– Mas isso não é trabalho para o pessoal do antigo departamento do vovô Weasley?
– Sim, mas... Blenkinsop estava fazendo mais estragos. Enfeitiçava também trouxas para que eles fizessem imitações horríveis de galos e macacos. Tivemos de intervir.
Mesmo sem ser muito convencido, Alvo assentiu, e largou seu corpo no sofá, ao lado de seu pai.
– Por que me trouxe para cá? – perguntou Alvo. Ele pode sentir o corpo de seu pai relaxar. Harry parecia ter adorado ter uma desculpa para não insistir na conversa de sua ida ao Ministério.
– Porque mesmo depois de anos morando aqui: esta sala ainda me intriga – admitiu. – Sabe, Al, como a família Black era conservadora, astuta e ou mesmo tempo maligna e injusta, isso me intriga. Observo essas tapeçarias e as associo a um quebra-cabeça, onde nem metade de sua escultura fora desvendada. Gosto de vir para cá para tentar desvendar os segredos das tapeçarias. Descobrir possíveis laços que foram queimados junto com as fotos de alguns deles. Você sabe, meu padrinho Sirius gostava de dizer que “sempre que a família produzia alguém razoavelmente descente, ele era repudiado”? E é a mais pura verdade.
Seus olhos verdes, iguais aos de Alvo, percorreram as imagens dos membros da família Black que foram queimados das tapeçarias.
Eduardo, Fineus, Isla, Mário, Alfardo, Andrômeda, Cedrella,, Sirius... – Harry murmurou sem pensar no que ele estava falando, seus olhos ainda deslizando pelas tapeçarias – Todos os que possuíam um pingo de decência, foram cortados... Aliás, nem todos...
– O que quer dizer, papai? – arriscou Alvo, no instante em que Monstro entrara na sala carregando a bandeja de prata com os biscoitos, o leite e o sanduíche de Harry.
– Monstro trouxe o lanche noturno de meus mestres – disse o elfo com rouquidão. – No que mais Monstro pode servir aos meus senhores?
O rosto de Harry parecia clarear sobre os lustres desenhados em forma de aranhas gigantes com lâmpadas foscas cobertas por cúpulas verdes que tornavam o ar mais: fantasmagórico.
– Monstro, poderia, por favor, contar para mim e à Alvo o porquê da linhagem de Dorea Black nãos estar contida nas tapeçarias? – ele perguntou abocanhando seu multiplicado sanduíche, bastante aperfeiçoado por Monstro.
Alvo olhou de seu pai para Monstro e depois para o retrato de Dorea Potter, uma bruxa de cabeleira loira, pele pálida e olhos amarronzados, muito penetrantes e sedutores.

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