sábado, 12 de maio de 2012

A Insônia, pág 5


vestes para Hogwarts. E bem lá no fundo, rodeado por poeira e impregnado com um cheiro de naftalina estava ele, o falso galeão que Alvo ganhara no final do inverno passado. Alvo tomou o galeão nas mãos depois de muito tempo. Esperava alguma coisa de especial do presente que recebera de um artesão medieval que se intitulava o Caçador de Destinos, mas o medalhão nada de especial fazia. Era brilhante, no início, como todos os outros, e agora se tornara fosco. É verdade que o Caçador de Destinos lhe avisara que o galeão o ajudaria somente nos momentos de solidão e dor, mas ele não parecia muito poderoso, ou até atraente.
Mesmo duvidoso com relação aos seus verdadeiros poderes, Alvo atirou o galeão no meio da mala. Depois chutou a tampa que se fechou com um baque.
Não havia mais nada há fazer, a noite voltara a assumir o controle. Escurecendo tudo e mergulhando o mundo no silêncio monótono. Nenhuma luz entrava no quarto de Alvo, e ele só não se adaptava a escuridão porque de tempo em tempos a luz fraca do poste externo clareava o quarto por alguns segundos.
Ele voltara para debaixo das cobertas. Girava para um lado, girava para o outro, mas não conseguia encontrar uma posição confortável o suficiente para cochilar. O mais fascinante que acontecera fora ouvir a descarga do terceiro andar soando com um giro e fazendo a encanação da casa regurgitar com mais força. Lílian deve estar usando o banheiro, ele pensou. Também poderiam ser seus pais, mas ambos pareciam muito cansados quando foram se deitar.
Passados cinco minutos, Alvo continuava em claro. Um travesseiro havia sido atirado para fora da cama e metade das cobertas tocavam o chão. Alvo levantara-se mais uma vez. Talvez um copo de leite ou d’água o ajudasse a dormir melhor. Se tivesse um pouco de sorte, esbarraria com Monstro e ele faria com que uns biscoitos com gotas de chocolate fossem fervidos magicamente, mas a sorte de Alvo não era uma das mais fortes. Se tivesse uma sorte tão intensa não estaria tendo um ataque de insônia na véspera de sua viagem. Teria dormido tranquilamente como seus pais e seus irmãos e não seria dominado pela ansiedade e não ficaria em claro por metade da noite.
Alvo deslizou pelo carpete de seu quarto até a porta. A mão alisou a maçaneta. Alvo estava prestes a abri-la quando escutou um estrondo...
Fora como se uma mancada fosse empurrada com força e em seguida Alvo ouviu o estilhaçar de alguma peça de vidro ou de porcelana, pois seu estilhaçar pode ser ouvido com veemência. Ladrão, Alvo pensou com o corpo gelando. Ele detestava ouvir barulhos durante a madrugada. Sabia que o número doze do Largo Grimmauld era protegido por um Feitiço Fidelius, mas após a morte do fiel de seu segredo, ninguém menos que o Prof Dumbledore, muitas pessoas tomaram conhecimento da existência da casa e Alvo ainda não se acomodara com a idéia de Mundungo Fletcher ter poderes sobre a casa. Ele já a assaltara por algumas vezes

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