Mas
Alvo não sabia quanta pureza Dexter conseguiria captar estando eles circulando
pelo centro de Londres, com todos aqueles escapamentos de gases dos carros, das
fumaças lançadas pelas fábricas e todo aquele barulho incompreensível das vozes
dos trouxas andando pelas calçadas falando alto em seus celulares.
Quando
Alvo entrou no carro do Ministério, se arrependeu de ter insistido tanto para
permanecer do lado de fora. Era como estar no interior de uma limusine (que
Alvo tinha uma vaga noção de como seria mesmo nunca tendo entrado em uma). O
chão era de mármore bruto negro e as paredes revestidas de veludo lilás escuro.
Luzes de neon desenhavam os contornos do carro e chegavam a duas pilhas de
doces e guloseimas que Alvo já tanto vira durante seu ano letivo em Hogwarts e
durante a viagem de ida e volta no Expresso Hogwarts.
–
Papai nunca conseguiu alugar um desses – garantiu o tio Rony fechando
brutalmente a porta do carro, o que fez com que seu interior balançasse. – Para
onde fora marcado o ponto de encontro do Ministério?
–
Pista de pouso do Aeroporto de Londres Heathrow – informou o motorista,
irritado pelo completo desleixo do tio Rony com relação ao bom funcionamento de
seu carro.
A
viagem transcorreu de maneira formidável. Alvo logo descobriu que o interior do
carro era encantado, pois ele conseguia andar de um lado para o outro sem bater
com o cocuruto no teto solar. O único inconveniente, é claro, era Dexter, que
saltava do colo de Rosa para perto do monte de pacotes de Sapos de Chocolate
que Alvo e o tio Rony haviam empilhado desordenadamente. Alvo havia tirado o
antigo ministro da Magia Rufo Scrimgeour, Andros, o Incrível, Bertie Bott, mais
duas cartas de seu pai e uma do tio Rony.
–
Posso ficar com ela? – perguntou indelicadamente Rony, fitando por entre os
dedos de Alvo seu eu mais novo piscando para ele e exibindo um distintivo que
mal se dava para perceber.
–
Tudo bem, já tenho uns trinta iguais a esse – afirmou Alvo.
Rosa
por sua vez estava muito concentrada em um pedaço de pergaminho meio mal
tratado e rabiscado com tinta preta. Era uma lista de livros e muitos deles já
haviam sido ticados.
–
Posso dar uma olhada?
–
É nossa lista de material, Alvo. Você já deveria tê-los decorado de cor! –
exclamou perplexa Rosa. – Mas tudo bem, talvez você possa me dar umas dicas.
Nosso novo professor de Defesa contra as Artes das Trevas exigira uma
quantidade de livros muito complicada de se encontrar. Nada parecida com os do Prof Silvano no ano
passado.
Alvo não pode deixar de
lembrar-se do pobre Mylor Silvano, seu antigo professor de Defesa contra as
Artes das Trevas, que no ano anterior fora equivocadamente
Nenhum comentário:
Postar um comentário