domingo, 27 de maio de 2012

Colégio Interno de Magia Bruxolunga, pág 6


Mas Alvo não sabia quanta pureza Dexter conseguiria captar estando eles circulando pelo centro de Londres, com todos aqueles escapamentos de gases dos carros, das fumaças lançadas pelas fábricas e todo aquele barulho incompreensível das vozes dos trouxas andando pelas calçadas falando alto em seus celulares.
Quando Alvo entrou no carro do Ministério, se arrependeu de ter insistido tanto para permanecer do lado de fora. Era como estar no interior de uma limusine (que Alvo tinha uma vaga noção de como seria mesmo nunca tendo entrado em uma). O chão era de mármore bruto negro e as paredes revestidas de veludo lilás escuro. Luzes de neon desenhavam os contornos do carro e chegavam a duas pilhas de doces e guloseimas que Alvo já tanto vira durante seu ano letivo em Hogwarts e durante a viagem de ida e volta no Expresso Hogwarts.
– Papai nunca conseguiu alugar um desses – garantiu o tio Rony fechando brutalmente a porta do carro, o que fez com que seu interior balançasse. – Para onde fora marcado o ponto de encontro do Ministério?
– Pista de pouso do Aeroporto de Londres Heathrow – informou o motorista, irritado pelo completo desleixo do tio Rony com relação ao bom funcionamento de seu carro.
A viagem transcorreu de maneira formidável. Alvo logo descobriu que o interior do carro era encantado, pois ele conseguia andar de um lado para o outro sem bater com o cocuruto no teto solar. O único inconveniente, é claro, era Dexter, que saltava do colo de Rosa para perto do monte de pacotes de Sapos de Chocolate que Alvo e o tio Rony haviam empilhado desordenadamente. Alvo havia tirado o antigo ministro da Magia Rufo Scrimgeour, Andros, o Incrível, Bertie Bott, mais duas cartas de seu pai e uma do tio Rony.
– Posso ficar com ela? – perguntou indelicadamente Rony, fitando por entre os dedos de Alvo seu eu mais novo piscando para ele e exibindo um distintivo que mal se dava para perceber. 
– Tudo bem, já tenho uns trinta iguais a esse – afirmou Alvo.
Rosa por sua vez estava muito concentrada em um pedaço de pergaminho meio mal tratado e rabiscado com tinta preta. Era uma lista de livros e muitos deles já haviam sido ticados.
– Posso dar uma olhada?
– É nossa lista de material, Alvo. Você já deveria tê-los decorado de cor! – exclamou perplexa Rosa. – Mas tudo bem, talvez você possa me dar umas dicas. Nosso novo professor de Defesa contra as Artes das Trevas exigira uma quantidade de livros muito complicada de se encontrar.  Nada parecida com os do Prof Silvano no ano passado.
Alvo não pode deixar de lembrar-se do pobre Mylor Silvano, seu antigo professor de Defesa contra as Artes das Trevas, que no ano anterior fora equivocadamente

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