avançassem
pelas calçadas e que os trouxas desavisados berrassem palavrões e enfiassem os
punhos nas buzinas de seus carros.
–
Esse rato desprezível vai para uma gaiola JÁ! Vejam só o que ele fez com o
estofado do meu carro! Vai custar uma fortuna para concertar isso! Sem falar
que o meu chefe vai me oferecer para os dementadores! DEMENTADORES!
Quando
o carro roxo do ministério parou no estacionamento do Aeroporto de Londres
Heathrow, o motorista do ministério da Magia não estava tão animado ou
eficiente quanto antes. Ele se mostrava aborrecido, mas ao mesmo tempo
aliviado, quando colocou as malas para fora de seu carro. E ainda teve tempo de
acidentalmente deixar a gaiola de Dexter
cair no chão com um baque ensurdecedor de metal se chocando.
–
Esse furão idiota me faz até ter saudades da escova de sapatos velhos da
Hermione que era o Bichento – admitiu o tio Rony num sussurro bem audível para
Harry. Que não conteve um ligeiro sorriso.
–
Para onde vamos agora, papai? – perguntou Alvo quando o grupo de Potter-Weasley
passava pelas portas de vidro automáticas e adentrava no aeroporto.
–
Algum representante do Ministério da Magia deve estar por perto. Procurem uma
cara conhecida que estaremos no caminho certo.
–
Ou um bando de caras mal ajustado parecendo ridiculamente mal vestidos, andando
apressadamente pelo saguão do aeroporto – falou Tiago apontando para três
bruxos e uma bruxa que ciscavam pelos cantos do saguão do aeroporto.
O
grupo percorria o saguão do aeroporto às pressas tentando não chamar atenção, o
que era impossível no mundo trouxa. O bruxo de mais idade vestia um robe de
banho feito de algodão azul e duas pantufas vermelhas que faziam o escorregar
pelo chão. O bruxo mais alto usava uma roupa branca com avental de cozinheiro
cinco estralas, porém utilizava uma enorme bóia em forma de pato amarelo além
de óculos de natação. O outro bruxo, de cabelos cor de fumaça, óculos torto e baixinho,
usava um avental no pescoço e uma saia escocesa e carregava uma mochila para
tacos de golfe, mas que estava cheia de sacos plásticos. A mulher tentava
amaciar seus sapatos, mas esses eram feitos de madeira estilo holandesa e ela
estava vestindo uma roupa que com certeza deveria ter ficado perdida nos anos
oitenta.
Os
quatro bruxos passaram voando pelos trouxas que faziam o check-in e se aproximaram de um velhinho barrigudo que admirava uma
bengala abaixo de uma placa que indicava um corredor, onde estava escrito
“Embarque de Cargas”.
– Pelas barbas de Merlim! –
surpreendeu-se o velhinho acariciando sua barba e rodando a bengala em um dos
dedos. – Meus senhores; não foi assim que disse para virem! Srª Robinson, esses
sapatos devem estar lhe matando... Ora, vejamos, se meus supervisores não virem
nada – e balançou a bengala, fazendo com que uma névoa
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