domingo, 27 de maio de 2012

Colégio Interno de Magia Bruxolunga, pág 20


“Por último e não menos importante, vinha a mais nova da família, Isabel e seu Grifo de cor roxa. Ela era tímida e recatada, mas com um coração que poderia abrigar dois mundos iguais ao nosso. Não existiam pessoas ruins para Isabel, somente pessoas. Mas ela era tanto quanto covarde em certos assuntos. Não como nós Jaguares que temos medo das circunstâncias que logicamente não podemos controlar e do desconhecido, mas os Grifos têm quase medo de tudo que está fora de seu poleiro.”
– Que trocadilho sem graça – disse Rosa meio aborrecida.
– Não é trocadilho. É verdade! – Pedro tentou se defender. – Cada casa tem uma sala comunal diferente. Os Tigres têm seu acampamento idiota, nós Jaguares temos nossa caverna, que não é logicamente uma caverna, mas como fica nas masmorras, o apelido pegou. E os Grifos têm a Torre Sul que é chamada de poleiro.
Depois de passarem um bom tempo na Lagoa de Prata, Pedro Bellinaso levou a Alvo, Tiago, Rosa, Hugo e Lílian até a maior construção da cidadezinha que era Bruxolunga. O castelo era sem dúvida a parte mais exuberante de toda a escola. Não era tão grande, logicamente, como Hogwarts, mas o pouco que tinha já era o suficiente para encantar os olhos de quem via.
Eram poucos os cômodos que abrigavam o castelo, mas igualmente como Hogwarts, tapeçarias e quadros de bruxos, bruxas, videntes e criaturas móveis eram espalhados pelas paredes. O Salão Principal de Bruxolunga parecia um refeitório cinco estrelas com paredes cobertas de janelas feitas de gelos que refletiam a luz sem força do sol que se destacava do meio de tantas nuvens cinzentas que cobriam o céu. Havia uma única longa mesa em forma de U, ligando os alunos aos professores. Nos cantos, três estátuas celestiais e preciosas em forma dos patronos de cada casa foram esculpidas de maneira acolhedora. Atrás área da mesa onde ficavam os professores estava os retratos a tinta óleo dos fundadores da escola. Cada um com seu particular ar de coragem, inteligência e meiguice. Poucos alunos estavam presentes no Salão Principal. Alguns faziam deveres de casa, alguns estavam lendo livros de títulos que Alvo não conseguira entender e outros brincavam de um jogo que Alvo pode, momentaneamente, identificar como uma espécie de ampulheta mágica que dava piruetas e marcava o tempo conforme os participantes empilhavam bonequinhos de cera encantados, que berravam instruções e formavam grandes pirâmides.
– Eles estão jogando Empilha Fada – explicou Pedro quando seu grupo turístico parou para ver um primeiranista empilhar uma quantidade maior de fadinhas de cera que seu colega dos Grifos. – Se você não fizer uma maior pilha que a de seu adversário antes do tempo acabar – ele apontou para a ampulheta – o grupo de fadas se torna agressivo e explode jogando Gosma de Chiclete em você. Parece bom, mas não é.

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