Gleeson se voltou para o preso mais alto de todos. Seus cabelos eram longos, escorridos por entre os trapos do uniforme de penitenciário. Furius Yaxley soltou um rugido, seguido de um olhar mortal para Gleeson. O chefe dos carcereiros sentiu seus cabelos da nucaeriçarem, mas se conteve para não dar um gostinho a Yaxley que conseguira o intimidar.
– Cochrane, leve Yaxley de volta a sua cela. Vamos, Selwyn, me responda? Por que não saiu correndo desesperado que nem sua priminha ali?
Ele indicou com a varinha para Umbridge, que tremia contra a parede sob o olhar e as ameaças da auror Fury. Gleeson estava adorando cada vez mais ter Umbridge como sua presidiária.
– Prima? – perguntou Selwyn, estupefato.
– Ora, não seja babaca, Selwyn! – exclamou Umbridge parecendo ter orelhas super sônicas. Fury vacilou, parecia também estar gostando da situação de Umbridge. – Você sabe que meu tataravô se casou com sua tia-tataravó!
– Aquele que era...
– Selwyn! – gritou Umbridge, silenciando Selwyn em definitivo.
– Ah, Fury, melhor levar Madame Umbridge para sua cela. Acredito que ela necessite de alguns momentos a sós, se não quiser ter uma sincope. Também mande uma coruja ao Ministério, notificando sua tentativa de fuga – completou Gleeson entusiasmado.
– Eles não são dignos! Não sabem de nada – urrou outro preso. Um com Comensal da Morte alto e parrudo, com grandes músculos nos braços e mãos cobertas de ferimentos e calos. Sua cabeça possuía cabelos muito curtos e bem aparados, como se passasse máquina zero a cada dois dias.
– Sabe de alguma coisa que me interessa, Humberto? – perguntou Gleeson largando a lista no colo de Murray e se adiantando par mais perto de Humberto Jugson. – Gostaria de compartilhar algo conosco?
Jugson tentou sorrir, mas acabou fazendo uma careta feia e equivocada. Seu rosto redondo como a maçaneta de uma porta se contraiu. Ele estava bastante satisfeito, mesmo ainda estando em Azkaban.
– Você não merece saber nada do que sei,Gleeson – resmungou Jugson, prazeroso.
– Talvez, se eu melhorar sua situação, você se convença de que pode me dizer o que sabe. O que prefere: revelar o que sabe para mim, aqui e agora, na Sala de Tortura ou bem pertinho do Poço dos Dementadores? – Gleeson sabia que conseguira exatamente o que planejava. Implantar uma pequena dose de medo e assombro em Jugson. O Comensal se contorceu. – Eles estão ansiosos para mais um lanche. Desde a última leva, já faz bastante tempo. O que me diz, Humberto...
– Me diga o que quer de uma vez – resmungou Jugson, dando-se por vencido.
– Os nomes dos presos que fugiram hoje à noite. E o porquê.
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