sexta-feira, 20 de abril de 2012

O maior erro de Kingsley, pág 14


Kingsley providenciou que o juramento de Cochrane, Ackerley e Murray se tornassem válido. Dando bastante ênfase de que eles nunca poderiam mencionar o ocorrido, a menos que tudo fosse resolvido.
– Mas, ministro – arriscou Hardcastle quando o grupo de carcereiros se separava dos demais para recolocar Jugson em sua cela. – se esses fugitivos começaram a agir? Se provocarem algum rebuliço ou atitude ilícita antes que nós os recapturemos?
– Caberá ao Quartel General ser flexível – disse Kingsley com passadas largas em direção ao escritório de Gleeson, onde existia a única lareira que poderia retirá-los da prisão. – Vocês terão de informar que há uma rebelião de bruxos descontentes. E afirmar que estão investindo o máximo necessário para que tais movimentos continuem.
Nem Harry nem Gleeson gostaram da versão falsa dita por Kingsley. Haviam muitos riscos nesse emaranhado de mentiras e Harry não gostava nada do rumo que toda aquela fantasia inventada por Quim fosse levar. Ele já fora acostumado a ficar sempre alerta com relação a fatos que distorcessem a verdade e cada dado apresentado por Kingsley possuíam muitas irregularidades, mas Harry preferira ficar calado a atiçar ainda mais ao ministro.
Gleeson também chegara a algumas conclusões. Depois de tudo o que acontecera estava decidido de que três únicas coisas são verdades neste mundo. De que um dia tudo o que acontecera chegaria à tona; de que todos os que estavam na Sala de Interrogatório seriam culpados; e que a vida na sociedade era muito difícil. Que seria muito melhor se todos fossem como ele era. Apenas um lobo solitário.  

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