Olhou sobre o ombro para onde os outros bruxos estavam. Monomon estava desmaiado sobre os escombros da pilastra que se chocara. Silvano não estava nada melhor. Caído, sem demonstrar sinais vitais. Metade de seu tronco, sua cabeça e seus braços estavam ocultos por uma pilastra, que talvez houvesse salvado sua vida. A parte exposta, suas pernas e seus pés, estavam completamente perfurados com ferimentos graves e bastante sangrentos. Suas vestes se assemelhavam a velhos trapos de elfos. Tinha a aparência de um cadáver. Escórpio e Rosa pareciam estar suportando bem a maldição de Yaxley. Como verdadeiros grifinórios, eles se mostravam bravos em resistir aos apertos provocados pelas vinhas. Claro, seus braços e pernas estavam vermelhos e marcados, e em certos pontos gotas de sangue escorriam pelas vinhas. Mas sua situação não era das piores. Yaxley se recompunha rapidamente. Os cabelos estavam desgrenhados e despenteados. Havia um ligeiro corte em seu rosto e havia também um rasgão em sua manga direita. Ele se levantava, fulminando Alvo com seus olhos enlouquecedores. Não parecia a Yaxley que o encontro de Alvo com Ambratorix demorara tanto. Na verdade, parecia que nada havia ocorrido após a explosão de calor do caixão dourado.
– Por que você não o abriu?! – berrou Yaxley pegando sua varinha e apontando a distância para Alvo. – Por que o Olho não está aberto?! Por que não vejo meu milorde?!
– Seu milorde não poderá mais voltar – disse Alvo friamente. – Conversei com Ambratorix. Ele é bem legal. Na próxima vez que tentar trazê-lo de volta, Furius, pelo menos tente apostar em uma arma que realmente possa trazê-lo de volta!
– O que quer dizer?
– Digo que o Olho entre os Mundos nunca poderia trazer Voldemort de volta...
– Como ousa pronunciar o nome do Lorde das Trevas, mestiço...?
– O Olho de Albrieco fora criado apenas para seus herdeiros de sangue! – exclamou Alvo. Algo parecia explodir de felicidade e de empolgação dentro dele. Uma das fontes de energia era seu coração, que estava aceleradíssimo, e a outra era a moeda de ouro presenteada pelo Caçador de Destinos, que vibrava sem parar. – Somente pessoas como eu poderiam utilizar seu verdadeiro poder. E é algo maravilhoso, Furius.
– Como ousa me chamar assim? – Furius Yaxley apontava a varinha para o nariz de Alvo, mais alguns passos e ele a tocaria no garoto, fazendo-o ficar vesgo para acompanhá-la. – Se o Olho não serve mais, não preciso mais de você. Você não me é mais útil, Potter! Então... MORRA! Avada Kedavra!
Alvo desviara da maldição de Yaxley com tanta destreza que parecia ser colega auror de Silvano. Seu corpo se agitava de maneira tão energética e veloz que ele parecia um autêntico Detonador. Uma voz sussurrou em seu ouvido, uma voz masculina, bastante paternal.
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