segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O Fim da Sociedade da Serpente, pág 10


estadia da Ala Hospitalar. As camas eram excelentes, mas Alvo já estava cansado de tantos remédios, do tédio e de ter que estudar a matéria perdida sozinho. A enfermeira restringira a enfermaria para seus pais, os professores e a diretora, e os alunos enfermos que chegavam com galhos nascendo por entre as raízes de seus cabelos e cuspindo vermes e lesmas como Yaxley.
Mais três dias depois e Alvo finalmente fora autorizado por Madame Pomfrey a deixar a Ala Hospitalar. Ele despiu o roupão de cetim com listrar azuis e vestiu um novo par de vestes que um elfo doméstico se prontificou em trazer de seu dormitório. Mancando e ainda com a irritante tipóia, Alvo passou por Sara Aubrey e se despediu dela com um aceno. Sara tentou sorrir, mas estava muito ocupada removendo uma galhada da cabeça de um garoto de quinto ano da Lufa-Lufa. Alvo deu de costas para a ajudante de Madame Pomfrey certo de que faria de tudo para não ver Sara mais vestida com seu uniforme branco com o broche de “Aprendiz”. Pelo menos até o final do ano letivo.
A primeira coisa que fizera ao deixar o recanto entediante, porém acolhedor da Ala Hospitalar fora se encontrar com Escórpio e Rosa. Não fora difícil encontrá-los. O primeiro lugar onde Alvo imaginara que estariam fora exatamente onde estavam. Era a faia a beira do Lago Negro onde os três gostavam de fazer deveres de casa ou repassar as matérias já ensinadas pelos professores. Sim. Por várias vezes Alvo fora parado e cumprimentado por alunos de diferentes anos e casas (ele ficara escarlate quando duas garotas do segundo ano lhe deram um beijo nas bochechas, um em cada lado), mas finalmente conseguira chegar à faia onde estavam os melhores amigos. Rosa ainda possuía alguns curativos nos braços e nas pernas. Escórpio ficara com uma cicatriz no supercílio e utilizava uma bandagem na perna esquerda.
Alvo! – exclamou Rosa atirando seu dever de Feitiços para longe correndo para abraçar o primo. – Você finalmente saiu da enfermaria. Alvo, nós tentamos falar com você, te visitar, tentamos mesmo, mas Madame Pomfrey restringiu a passagem de alunos...
– Já sei de tudo. Papai e mamãe já me deixaram a par das circunstâncias.
– Que bom.
– Deixe um espaço para ele respirar, Rosa – falou Escórpio pondo-se de pé e limpando a grama que grudara em suas vestes. – E pode largar ele. Os braços de Alvo não vão cair se você não continuar o abraçando. Eles não vão cair, não é?
– Creio que não, Malfoy – Alvo não pode deixar de soltar. – Brincadeira. Fico feliz que comece a me chamar pelo primeiro nome.
– Ah... Aquilo. Foi só no calor do momento... Não vá se acostumando com isso, Potter!

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