E Ambratorix estava certo. Nos galeões verdadeiros, em seu entorno, existem nomes e números gravados em sua beirada. Geralmente referiam-se ao nome do duende que cunhou a moeda e o número de sua fabricação. Mas aquela era diferente. Onde deveriam estar as informações técnicas do galeão estava escrito “De: A. C. Ambratorix/Para: A. S. Potter. Presente de nº 001. Para os momentos de mais dor e solidão”.
– E o que ele faz? – perguntou Alvo deslizando a moeda pelos dedos cumpridos das mãos.
– Ele lhe ajudará – respondeu o artesão rispidamente. – Quando você estiver sozinho, preocupado ou amedrontado ele te ajudará. É como uma injeção de ânimo e força portátil. Pode ajudar nos momentos mais sombrios. Também poderá te ajudar com relação a aqueles que você viu aqui.
– Poderei falar com eles novamente?
– Eu não disse isso – falou Ambratorix comprimindo o cenho. – Já está na hora de você ir...
– Espere! – bradou Alvo pouco antes de guardar o falso galeão no bolso de sua calça. – Só me tire mais uma dúvida. Não é para mim, é para um amigo – completou pensando que aquilo o ajudaria a ficar mais um segundinhos naquele mundo.
– Nobre. Pode perguntar.
– Gostaria de saber, se você tem alguma informação sobre o avô de meu amigo Escórpio. O nome dele é Lúcio Malfoy, saiu de casa há alguns anos, e muitos acham que ele morreu. Era um canalha, mas é avô de meu amigo... E acredito que ele não gostaria de saber, por fontes como Yaxley que na verdade o avô está morto.
– Malfoy, não é – Ambratorix começou a movimentar os dedos no ar como se estivesse diante de uma calculadora invisível que no lugar de números apresentava nomes. – Ahn-hã, como eu imaginava, é o filho de Abraxas Malfoy. Ora, vejamos. Abraxas Malfoy, seu irmão Demiurgo Malfoy, Jápeto Malfoy... Não, nenhum Lúcio. Isso pode ser bom, pode ser ruim...
– Ok, obrigado, Ambra! – sorriu Alvo, contagiando Ambratorix como se seu sorriso fosse como catapora.
– Ambra. Nunca me chamaram assim! Ok, boa viagem de volta, Al! E lembra-se que eu estarei de olho em você.
E estalando os dedos, Ambratorix sorriu pela última vez para Alvo. O garoto sentiu seus joelhos perderem a força, depois sentiu como se todo seu corpo flutuasse, como se ele, Alvo, fosse um boneco feito de areia.
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