terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Jogada de Furius e a Vingança de Mylor, pág 2


O pedestal da estátua começou a se elevar, até a careca da figura tocar no teto. Depois disso, a estátua começou a girar lentamente, como uma tranca tentando se abrir. Conforme girava, a estátua mudava de lugar, abrindo espaço para um pequeno e comprimido túnel subterrâneo, ligado a superfície por uma série de barras úmidas e escorregadias cobertas de limo.
– Vão à frente! – ordenou Monomon agitando a varinha para os quatro.
Pesadamente, os quatro prisioneiros de Monomon seguiram sua ordem. As barras eram bastante lisas, e o limo contido nelas facilitaria que qualquer um desajeitado pudesse escorregar e cair de costas no fundo do túnel. Alvo segurou com firmeza e cuidado cada barra de ferro coberta de limo. A passagem parecia não ser utilizada há bastante tempo, além da grande umidade e presença de insetos inconvenientes, algumas colônias de aranhas teciam suas teias nos cantos e nos espaços entre uma barra e outra. Escórpio quase escorregara por um lado quando fora surpreendido pelo grito assombrado de Rosa. Que se deparara com uma aranha próxima a seu cabelo. 
– Fique calma, Weasley – tentou tranqüilizar o Prof Silvano com sua voz bonança e grave. – Esse tipo de aranha não contém nenhum veneno maligno ao ser humano. Sua picada não provoca sessões de dores, apenas um leve desconforto na região e uma irritante vontade de coçar.
– Isso me acalma muito, Senhor Fluente em Mais de Setenta Línguas! – retorquiu Rosa visivelmente inquieta. Além de estar bastante nervosa com a situação atual, não lhe agradara nada saber que o professor era fluente em mais línguas que sua mãe. Hermione era fluente em sessenta e sete línguas.
– Calados, seus paspalhos! – berrou Monomon bastante furioso, começando a seguir o grupo para o interior do túnel. O professor praguejava baixinho contra seus atuais prisioneiros, mas sua voz ríspida ecoava por todo túnel, impedindo seu segredo. – Se meu mestre for importunado com seu falatório, tenho certeza de que lançara uma centena de maldições contra seus corpos imundos.
– Você também é adorável, Artabano – debochou Silvano, impossibilitando de Alvo, Escórpio e Rosa de esconderem o riso.
– Seu tempo está acabando Mylor! – retorquiu Monomon. – Em seu lugar, não perderia tempo com frases infelizes e ofensoras.
– Sendo que você nunca as disse – continuou Silvano ignorando completamente Monomon.
– Já basta, insolente! – urrou Monomon, com fervura. Seu rosto tomou uma coloração rosa avermelhado. Sua veia têmpora pulsava incontroladamente, e seus olhos pareciam prestes a saltar de seu rosto. – Sua audácia realmente impossibilita de você ver o que ocorre ao seu redor. Você é meu prisioneiro, Silvano. E diferente de Potter, poderá muito bem servir como cadáver. Mas meu mestre insiste em mantê-lo

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