também sentiam o mesmo nó no estômago que ele sentia. Era uma sensação estranha, como se um grupo de grifinórios houvessem sabotado seu suco de abóbora e colocado algumas gotas de Poção de Enjôo no suco matinal. Mas não havia mais escapatória. Alvo demonstrara que herdara o dom dos Potter de dominar a vassoura como um peão domina seu cavalo. Aquele era o primeiro jogo da temporada, mas que também influenciava a Taça das Casas. Se a Sonserina ganhasse o primeiro jogo contra a Lufa-Lufa alcançaria a primeira posição, superando a Corvinal que somara o maior numero de pontos até aquele domingo de novembro.
Pela primeira vez Alvo entrava no campo de Quadribol de Hogwarts e via exatamente o que fora descrito por seus pais e tios. As arquibancadas que já haviam sido magras, esqueléticas e assustadoras tomavam uma aparência festiva com bandeiras e bandeirolas das equipes sendo abanadas de um lado para o outro animando ainda mais a festa dos torcedores. Os alunos das quatro casas estavam muito mais animados do que de costume, embora os da Grifinória e Corvinal fizessem apenas o papel de frios críticos esportivos. Os professores começavam a tomar seus lugares e seus convidados também. Entre o Prof Slughorn e a Profª McGonagall, o Maligno Eduardo Jones dava as boas vindas aos torcedores segurando o megafone próximo aos seus lábios.
“E ai vem o time da Sonserina” começou Eduardo sobre os gritos eufóricos dos sonserinos e das vaias dos lufalufinos. “O capitão e artilheiro Laughalot, seguido por seus dois companheiros de posição Willians e Branstone. Mais atrás os batedores Murdock e Beetlebrick. Por último e não menos importante, o goleiro Higgs e o primeiranista mais popular da casa, Potter!”
As arquibancadas sonserinas ensaiaram um cântico para Alvo, mas o tumulto era tanto que Alvo mal pode distinguir seu nome.
Poucos minutos depois a equipe da Lufa-Lufa chegou ao campo para partida. Seus uniformes amarelos deslizavam pela grama rala e bem aparada do estádio de Hogwarts. Naquele momento os papéis se inverteram. A torcida da Lufa-Lufa que cantava os nomes dos jogadores enquanto a da Sonserina vaiava. Geralmente o uniforme da Lufa-Lufa causava náuseas aos oponentes quando a luz do sol radiante tocava nestes. Naquele domingo, para sorte de Erico e de todo o time sonserino, o sol estava encoberto por nuvens algodão que lançavam uma leve cortina d’água sobre o campo.
“Ai está o time da Lufa-Lufa” gritou Eduardo, desta vez, mais entusiasmado. “O capitão Summers, seguido da belíssima artilheira Templeton, os McLeod, Fincher, Alderton e nosso apanhador... Humberstone!”
– Capitães – disse o Prof Towler pedindo que os capitães de cada equipe dessem um passo à frente. – Eu quero um jogo limpo. Sem faltas ou ossos fraturados. Entendido? Apertem-se as mãos.
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