olhavam para a bolinha sem rumo que voava de um lado para o outro sobre as cabeças dos professores.
– Dessa vez não, Alvo! – exclamou Ethan, flexionando seu corpo para frente tentando ganhar mais velocidade. Naquele momento os dois apanhadores estavam a favor do vento, o que aumentava a velocidade dos dois em dez vezes, o que fez com que o coração de Alvo batesse dez vezes, mais rápido.
“Humberstone e Potter, ombro a ombro, disputam a frente em direção ao pomo. Humberstone na frente... Não, Potter... Humberstone... Quer saber, acompanhem vocês mesmos.”
O pomo estava próximo ao chapéu amarelo berrante da Profª Vector, que batia palmas alegremente para Humberstone que chegava cada vez pais perto dela. Quando os dois apanhadores estavam chegando mais e mais próximos da professora de Aritmancia, sua aparência alegre deixou rapidamente sua face assim como a cor que continha. A professora fez uma careta e mergulhou o rosto junto às coxas. A bolinha dourada girou e subiu, ganhando mais altitude. Alvo e Ethan a seguiam incansavelmente. Alvo se precipitara e esticara o braço em direção ao pomo, mas ainda não conseguia tocá-lo. Só havia uma chance, ele teria de saltar por cima de sua vassoura e torcer para cair em alguma coisa fofa. Porém não foi bem isso que aconteceu...
Quando Alvo estava prestes a executar sua manobra arriscada, várias coisas aconteceram ao mesmo tempo. Estevão Murdock deu um encontrão tão forte em Ethan que não só deslocou o apanhador de sua vassoura como também acertou Alvo. Ele, por sinal, acabara de saltar de sua vassoura esticando seu braço direito com todas as forças que continha. Assim que Ethan e Estevão se chocaram com o braço de Alvo o garoto sentiu como se esse fosse lançado nas chamas. Uma dor incondicional tomou seus ossos impedindo Alvo de raciocinar. Seu último movimento antes de cair bruscamente no meio dos torcedores da Corvinal foi fechar a mão direita, torcendo...
Alvo estava com os olhos e as mãos fechadas. O braço direito provocava uma sessão de dores que mal fazia Alvo ponderar. Porém algo a mais fez com que a dor de seu braço parecesse um pequeno inconveniente, e não fora a vergonha de estar sobre os vários olhares dos corvinalinos espantados com sua manobra arriscada e sim o pequenino objeto que vibrava por entre seus dedos dormentes. Lentamente Alvo começou abrir sua mão, mesmo que isso ainda o causasse certas dores. Mas tudo fora compensado quando o pomo de ouro abrira suas asinhas e planara a poucos centímetros de sua pele.
A exclamação desanimada de Eduardo e o apito final do Prof Towler mal foram ouvidos por Alvo que ficara perdido sobre os gritos de exclamação, euforia e alegria vindos da arquibancada da Sonserina.
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