escadas de caracol que davam para o gabinete, mas Alvo esquecera-se de algo de grande importância. A senha que liberava a passagem e que impediria que a gárgula bloqueasse o portal.
– Eu não sei a senha! – repetiu Alvo inquieto para a gárgula sentinela. – Somente tenho que falar com a Profª Crouch imediatamente! É assunto de vida ou morte!
– Lamento meu jovem, mas sem senha não entra! – informou a gárgula persistente. – Se quer falar com a diretora... Diga-me a senha!
Foi então que um estalo fez com que Alvo se lembrasse de algo dito por Filch no dia em que ele, junto de Bruto e Flora, escoltou Alvo, Isaac, Valerie e Isla para o gabinete da diretora esperançoso para que a diretora aplicasse uma severa punição nos garotos. Filch reclamara que a nova senha de Crouch era muito mais complicada que a dos antigos diretores, mas sem muita cerimônia ele a dissera com rispidez. Era uma palavra complicada, mas que Alvo conhecia há muito tempo. Gravada sobre o brasão da família Black, o que acentuava a ligação da família Crouch com a família Black. Alvo só precisava dizer a frase que ele tanto lia na Sala das Tapeçarias do número doze do Largo Grimmauld para poder finalmente se encontrar com a diretora.
– “Toujours pur”! – exclamou Alvo, eufórico.
– Senha incorreta – sibilou a gárgula imitando uma voz eletrônica.
– Olhe sua gárgula imbecil. Eu preciso com urgência falar com a diretora! E se você não liberar a passagem eu explodirei sua cabeç. – a gárgula não precisava saber que Alvo não sabia como explodir as coisas. Mas talvez se ele agitasse sua varinha com força algum resultado catastrófico ocorreria.
– Ali está ele, professora! – grunhiu uma voz rouca e seca vinda de trás de Alvo.
Filch vinha mancando pelo corredor gesticulando furiosamente para Alvo. Se espreitando sobre suas pernas estava a sempre atenta gata do zelador, Madame Nor-r-ra. Seus olhos amarelos estavam fixos em Alvo. O que fez com que uma onda elétrica tomasse seu corpo. O zelador resmungava para alguma professora que o seguia enquanto sua gata idolatrada ziguezagueava por suas pernas tortas.
“Aqui está nosso arruaceiro!” rezingou Filch ainda apontando para Alvo.
Detrás do zelador uma mulher de vestes longas cor de esmeralda que balançava sobre o mármore como um jacaré na espreita surgiu. Seus olhos severos estudavam Alvo por trás de seus óculos quadrados. Seu coque apertado parecia estar na mesma proporção rígida que a própria. Alvo esperava qualquer professora, menos a velha e prudente Minerva McGonagall. A professora sempre se mostrava severa com seus alunos, mas sempre era mais “amigável” com os grifinórios do que com os demais. Alvo temia que por ele ser um membro da Sonserina, sua compreensão fosse menos passiva quanto quando se tratava de um aluno de sua casa.
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