– Alarme f... – uma rajada de pedras atingiu o guarda-chuva de Hagrid em cheio. Mas o gigante estava atento e não fraquejou. Repeliu as pedras como se utilizasse um Feitiço Escudo e em seguida voltou a guardas sua peça.
– Armadilhas – sussurrou Alvo levantando-se.
– Sim, e das boas. Faremos uma mudança de planos – Hagrid se virou para os dois garotos e começou a sussurrar como um soldado em frente à frota inimiga. – Se algo der errado, lancem centelhas vermelhas de sua varinha. É o sinal de perigo. Rosa deve estar atenta aos céus. Depois disso procurem um lugar seguro e se protejam.
– Hagrid, o que é aquilo? – Alvo apontava para um monte de pedras esculpidas a alguns metros dos três. Era uma pilha muito íngreme e colossal, como uma estalagmite gigante. Inquieto, Alvo tentou se aproximar das pedras lentamente com a varinha em punho, cauteloso com relação a novas armadilhas.
– Potter, está louco?! – advertiu Escórpio pouco atrás.
– Tem alguém ali – Alvo indicou com a ponta luminosa da varinha por entre as pedras.
Ele fez com que a luz projetada pela varinha aumentasse de força, para clarear mais alguns metros. Quando a luz incidiu entre as pedras em forma de estalagmite, o rosto da figura caída sobre as pedras se tornou mais nítido. Ele não estava morto, mas era apenas questão de tempo.
– Prof McNaught! – exclamou Alvo se antecipando para perto do professor, cruzando um riacho ribeirinho que contornava as pedras. Mas conforme Alvo chegava mais perto de McNaught, mais tinha dúvidas se aquele realmente era seu professor.
Os cabelos loiros angelicais estavam muito desgrenhados e com tufos negros brotando da sua raiz. O rosto estava mais jovem, porém mais acabado do que a do belo professor conquistador. Os olhos azuis capazes de despertar o amor de uma viúva cuja capacidade de amar falecera junto com seu marido já não se mostravam mais tão belos quanto antes. Sua tonalidade mudava de cor tornando-se cada vez mais escuros até assumirem um tom de castanho. As vestes eram as mesmas que McNaught usava quando desfilava pelos corredores da escola, rodeado por suas admiradoras, mas naquele momento elas estavam mais folgadas e completamente rasgadas. Além de estarem cobertas de sangue. Seu rosto e seu corpo estavam cobertos por cortes profundos e dolorosos. O homem perdia muito sangue.
– Intruso – murmurou Escórpio quando chegou ao lado de Alvo. Hagrid pouco atrás.
– Cuidado – gemeu o intruso em tom de ultimato – É uma emboscada.
Quando o intruso terminara sua frase o vento chocara-se contra Alvo, Escórpio e Hagrid com a força de um tornado. E era quase isto que se formavam poucos metros dos três. Uma miniatura de um tornado crescia puxando os três para perto dele.
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