– V-v-vocês, hu-humanos... Todos iguais – fungou o elfo levantando-se com um salto e com um movimento brusco enxugou o rosto e seu comprido nariz de cenoura no avental.
– Eu tenho um elfo, e trato-o muito bem – afirmou Alvo lembrando-se que nunca brigara ou forçara Monstro a se castigar, embora o elfo às vezes o fizesse às escondidas. – Sempre tratei Monstro bem. Nunca pensara em algum dia o agredir.
– Bowy já trabalhou com o Monstro – choramingou o elfo ainda emburrado. – Um elfo agradável, mas Bowy nuca sabia o que falar com Monstro. Monstro, quando chegou à Hogwarts, só fazia reclamar do senhor dele. Mas depois de um tempo, Bowy percebeu que Monstro havia se transformado. Somente venerava seu senhor. Você deve ser bom para poder transformar Monstro daquela maneira. Você deve ser um humano bom. Bowy nunca venerou o ex-senhor dele.
– A quem você serviu, Bowy? – quis saber Alvo. O distintivo palpitando em sua mão.
– Augusto Rookwood, e o restante de sua família – disse Bowy com uma voz repleta de nojo e ira, como se aquele fosse um nome amaldiçoado. – Servi a família Rookwood desde que nasci, e minha mãe também, e a mãe dela. Nunca nenhum elfo do sangue de Bowy havia sido libertado pelos Rookwood, até chegar à vez de Bowy. Mas isso... – a voz do elfo falhou – Isso foi bom.
– Eu achei isso. Caiu de seu avental – disse Alvo entregando a Bowy seu distintivo azul berrante com letras amarelas bem chamativas. – Não sabia que elfos apoiavam a F. A. L. E.
– Me de isso! – exclamou Bowy agarrando a mão de Alvo e tomando o distintivo do garoto – Elfos não deveriam apoiar frentes de libertação. Elfos gostam de trabalhar, e Bowy gosta de trabalhar. Mas depois de ter sido liberto pelo ex-senhor de Bowy, Bowy decidiu apoiar a organização que visa melhores condições de trabalho. E Bowy aceitou depois que um grupo de alunos atormentou à Bowy e aos outros elfos para entrarem na organização. Somente Bowy e outro elfo aceitaram. Mas os outros não podem saber! Bowy perderia seu comando na cozinha. E trabalhar nas cozinhas de Hogwarts é tudo que Bowy deseja fazer até o fim de sua vida.
– Mas por que você perderia seu comando aqui, se eles descobrirem?
– Os demais elfos não aceitam aqueles que são contra o regime trabalhista dos elfos. Bowy não que ser olhado com diferença pelos outros elfos como nós fazíamos com o velho Dobby.
– Que outro elfo aceitou entrar para a F. A. L. E.? – perguntou Alvo.
Bowy ergueu seu braço enrugado e cheio de pelancas e o apontou para um elfo apoiado sobre uma enorme pia lotada de tachos e panelas sujos de comida.
– O nome dela é Winky, meu senhor – disse Bowy agora menos resmungão. – Ela chegou aqui um ano antes de Bowy. Nunca foi bem vista pelos outros elfos, mas, por
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