A aula daquela segunda-feira dispunha de primeranistas sonserina, terceiranistas grifinórios, sextanistas lufalufinos e secundaristas corvinalinos. Alvo se sentou no canto esquerdo da sala, que mais lembrava uma mini-biblioteca, com estantes apinhadas de livros cobrindo todas as paredes e diferentes objetos circulares de ferro pendurados no teto. Em cima da escrivaninha do Prof King estava um rolo novo de pergaminho, dois tinteiros tampados e um globo terrestre, porém com muito mais ilhas e extensões demográficas que o dos trouxas. Alvo concluiu que aquele globo continha também grande parte das vilas e cidades bruxas.
– Posso me sentar aqui? – perguntou alguém as costas de Alvo. Sua voz lembrou a do setimanista Nico Higgs, mas quando Alvo se virou deparou-se com um garoto completamente diferente que o goleiro da Sonserina.
O garoto que chamou a Alvo era alto, cabelos castanhos e ondulados, similares ao do professor McNaught, porém muito menos lisos e radiantes. Ele possuía um sorriso cortês e educado e acima de seu nariz, dois olhos profundos e castanhos.
– Pode. – disse Alvo um tanto amedrontado, com medo de dizer não a um sextanista.
– Não precisa ter medo de mim. – tranqüilizou o garoto mais velho esticando a mão para cumprimentar Alvo – Ethan Humberstone, Lufa-Lufa o apanhador da equipe de quadribol. E você deve ser Alvo Potter, eu estou certo? A escola toda fala muito de você.
– E isso é bom?
– Depende. – respondeu Ethan ainda sorrindo – Depende de como você quer que seu nome seja espalhado. Com um monte de mentiras e chamando-o apenas de “O Filho de Harry Potter” ou somente com verdades e méritos seus. – ele abaixou seus olhos sobre a cabeleira negra de Alvo e depois sobre seus olhos verdes – Você é quem decide.
– Você parece saber muito sobre este assunto. – disse Alvo menos amedrontado – Teve algum problema com isso.
– Claro que não! – exclamou uma voz atrás dos dois garotos. Fred Weasley esticou seu corpo por cima de sua carteira para colocar-se entre Alvo e Ethan. – Ethan nunca teve problemas com nada! É o aluno perfeito, em todas as matérias o orgulho dos professores. O mais notável lufalufino desde Cedrico Diggory.
– Não me compare com Diggory! – exclamou Ethan aborrecido, como se já tivesse feito este pedido mil vezes, mas os amigos insistissem em provocá-lo. – Eu sou muito diferente de Cedrico. Ele sim era um aluno notável, eu ainda tenho muito que aprender.
– Notável humildade. Talvez seja o que falte em nosso querido professor de Artes dos Trouxas. Ah, Ethan, Sabrina e Tiago pediram para informá-lo de outro encontro.
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