domingo, 19 de junho de 2011

O Memorial de Hogwarts, pág 8


uma garota muito alta e forte. Ela possuía farelos de comida em suas vestes e um cabelo castanho um tanto despenteado. Alvo lembrou rapidamente o nome da menina, Isla Montague. À direita estava uma menina de cabelos longos e escuros que escorriam pelos ombros e, diferente dos de Valerie, formavam uma reta bastante desigual. Héstia Pucey parecia estar muito concentrada em decorar o caminho pelas masmorras para dar passagem à Alvo. Ele então desistiu de avançar e continuou a seguir os monitores atrás das três garotas.
– É muito importante que vocês prestem atenção em que portas estão entrando. – aconselhou a monitora sonserina por cima do ombro – Há inúmeras passagens que dão para todo e qualquer canto da escola. Fiquem atentos!
Neste exato momento ela guiava o grupo de primeiranista por um corredor repleto de portas de todos os lados, tamanhos e espessuras. Depois os monitores seguiram por mais um lance de largas escadas negras e escorregadias até pararem em um corredor vazio, sem nenhuma armadura ou passagem, somente um quadro de uma cobra metálica enorme, esculpido na parede oposta.
– Quer fazer as honras? – perguntou Bruto de uma forma caridosa a colega monitora.
A garota de cabelos crespos e loiros arregaçou as mangas bravamente, fazendo várias dobras até que estas passassem por sua mão. Em seu dedo indicador estava fixado um grande anel prateado com uma pedra de esmeralda cravado em seu centro. A monitora mostrou o anel aos primeiranistas e os tranqüilizou, falando que dentro de alguns minutos todos possuiriam os seus.
– Ele é como uma chave. Se o perderem, ficarão trancados fora da sala comunal, e demora até fabricarem outro parecido. – alertou a monitora dando as costas para os alunos do primeiro ano e encarando a serpente como se esperasse que ela abrisse a porta sozinha.
– Quem essstá ai? – perguntou uma voz fria e sinistra que ecoou melancolicamente pelos ouvidos de Alvo. Por mais assustador que pudesse parecer, Alvo teve de se conformar quando percebeu que o chiado vinha do quadro da cobra.
– Flora Palmer. Sonserina, quintanista. – apresentou-se a monitora.
– E Bruto Nott. Sonserino, também quintanista.
– E essesss pirralhos? – insistiu a cobra estudando os primeiranistas através de seu olho cego.
– Eles são nossos primeiranistas, Hamm... Nós nos responsabilizamos por eles. – gaguejou Bruto.
Relutante, o retrato da cobra permitiu que Flora Palmer pudesse cravar sua esmeralda no olho cego da serpente. Conforme Flora girava o punho, por trás do quadro metálico, uma série de complicados ruídos, estrondos e cliques podiam ser ouvidos pelos primeiranistas.

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