Servilia, quase sem piscar – Seu legado de bem feitorias não é tão longo quanto o meu. Além do mais, é Dumbledore quem dita às regras.
– Ora, Severo. – riu Dumbledore mirando o retrato do colega diretor – Não diga isso como se eu fosse um ditador. Quanto a Servilia... Acredito que ela não será um obstáculo para nossas atividades, afinal não estamos fazendo nada que possa nos colocar em detenção.
– Então, quem está a salvo? – perguntou Servilia inquieta – O que vocês estão tramando? E por que enviar Snape?
– Há muitas respostas que somente o tempo poderá dar-lhe, Servilia. – afirmou Dumbledore ainda com seu sorriso nada natural – Porém há outras que posso lhe responder. Primeiramente, como sabe que Severo se referiu a alguém e não a algo quando disse que está a salvo? Bem, seu raciocínio dedutivo realmente é muito aguçado, pois realmente nos referimos a alguém. Há algum tempo percebi uma incomum perturbação ao redor de alguns membros do Ministério e resolvi investigar, através de meus quadros. Somente Severo sabe o resultado de minhas investigações, mas posso adiantar-te que em um futuro elas se entrelaçaram com certo xará meu.
– Alvo Potter. – sussurrou Servilia convicta de que o antigo diretor se referia ao filho de Harry Potter.
– Você acredita que somente o filho de Harry é xará meu? – perguntou Dumbledore ironicamente – Dê uma volta pelo Departamento de Jogos e Esportes Mágicos, informe-se sobre Alvo Ocklebell.
– Sei que não se refere à Ocklebell, professor. – respondeu Servilia firmemente – Conheço Alvo Ocklebell e posso afirmar que você não teria nenhum interesse naquele biruta.
– Dumbledore – interrompeu Snape – Ande logo com isso, Crouch pode ser ingênua e distraída, mas sei que não é idiota.
– Ótimo. – sorriu o diretor levantando-se de sua cadeira e ajeitando os oclinhos de meia lua sobre seu nariz torto – Sim, Servilia. Alvo Potter está prestes a provar sua verdadeira coragem e habilidade com feitiços. Não será uma tarefa tão complicada quanto à de Harry em seu primeiro ano, nem seu oponente será tão engenhoso quanto Voldemort, mas será um bom teste para o garoto.
– Teste! – repetiu Servilia em um tom bravo de desaprovação – Chama isso de teste, Dumbledore! Potter pode morrer se enfrentar um bruxo mais experiente. O garoto não sabe nem estuporar alguém!
– E este é seu dever, Servilia. – disse Dumbledore – Alvo está em Hogwarts para aprender a se defender. E posteriormente, enfrentar outros bruxos.
– Mas isso não é algo que se aprende da noite para o dia! – urrou Servilia avançando e ficando cara a cara com a pintura de Dumbledore – Magia não é nada
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