domingo, 15 de maio de 2011

A Decisão do Chapéu Seletor - pág 9

– Bem, eu não vou deixar Horácio sozinho. – afirmou Tiago dando as costas para os quatro – Jones, você me segue?
Eduardo não respondeu, apenas seguiu Tiago de volta a suas cabines de origem.
– Ele está morrendo de medo que Alvo não vá para a Grifinória. – concluiu Rosa retirando de sua mochila um exemplar de Hogwarts, uma história.

O restante da viagem a bordo do Expresso Hogwarts parecera passar tão rápido como se fosse um sonho. Ao meio dia a velha bruxa do carrinho de doces passara pela cabine onde estavam Alvo, Rosa, Ralf e Sabrina. Os quatro não pouparam esforços para gastar as moedas douradas e prateadas que seus pais haviam lhe dado. Em questão de minutos a cabine dos quatro estava apinhada de doces e balas. Durante algumas horas o céu ficava coberto por escuras nuvens de chuva, que volta e meia despejavam suas águas sobre a lataria vermelha do trem. Felizmente, conforme o dia chegava ao fim e o crepúsculo começava a perder lugar para a escuridão total, a pesada chuva que acompanhava o trem desde o início das montanhas começava a se transformar em uma leva garoa, que mal molhava as folhas das árvores das montanhas escuras.
Próxima parada, estação final de Hogsmeade. – ecoou a voz do maquinista através das paredes encantadas do trem.
– É melhor nos apressarmos. – disse Alvo já vestido com as vestes da escola.
– Eu recomendo que vocês saiam logo. – aconselhou Ralf abrindo a porta da cabine e dando passagem para Sabrina. Eles voltariam até a cabine de Tiago, onde estavam seus pertences – Aquilo ali vai ficar lotado rapidinho.
Mesmo que Alvo quisesse seguir o conselho de Ralf, não pode. Rosa tivera alguma dificuldade em guardar todos os livros que havia tirado da mochila para ler durante a viagem.
– Pode ir na frente, Al. – dizia Rosa espremendo seu exemplar de Voando com Vampiros junto a uma antiga edição da Transfiguração, hoje.
– Não tem problema. Eu esperei onze anos para chegar a Hogwarts. Mais alguns minutos não farão diferença.
Com muito esforço, Rosa e Alvo conseguiram guardar todos os livros da menina dentro da mochila.
Quando Alvo colocou seus pés sobre o concreto úmido e gelado da plataforma de Hogsmeade sentiu como se sua vida acabasse de mudar. Como se ele não carregasse mais o peso do nome Potter, como se as pessoas fossem parar de apontar para ele e gritar “O filho de Harry Potter”. Ele sentia que a partir daquele momento quando apontassem para ele iriam gritar “Veja é Alvo Potter”. Alvo se sentia forte, grandioso, como se pela primeira vez na vida ele pudesse controlar sozinho o caminho que suas pernas fossem traçar. Contudo, quando ele finalmente tomou consciência de que

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