tentar ver o rumo da seleção de Alvo. Olhos arregalados sem ao menos piscar, e vários grifinórios já cantando vitória.
– Potter, Alvo. Sim. Admito que eu anseie em poder observar esta mente. – disse o Chapéu Seletor em um sussurrou, mas que podia ser ouvido, pois o salão estava em total silêncio – Você é o quarto Potter que vem sob meu tecido, e o quarto a se submeter a meu julgamento. Quase cinqüenta anos se passaram, três gerações de Potter e vocês são sempre difíceis de classificar.
Eu não tenho que ser igual ao meu pai. Pensou Alvo ingenuamente sem se lembrar que o chapéu estava sobre sua cabeça. Ser um grifinório não é meu dever. “... poderá escolher a Grifinória em vez da Sonserina.” As palavras de Harry ecoavam nos ouvidos de Alvo, como se o pai estivesse o seu lado as repetindo.
– Sentimentos denunciadores, Potter. – disse o chapéu – Você seria grandioso em qualquer uma das quatro casas, mas será? Talvez... Lufa-Lufa?
Não! Tudo, tudo menos a Lufa-Lufa! Pensou Alvo com todas as forças que ainda lhe restavam. Eu posso ser grandioso em qualquer uma das casas, mas eu serei grandioso de outro jeito: do meu jeito.
– Hmm. Interessante, Potter. Se assim deseja... – o Chapéu Seletor fez uma pausa proposital, como se quisesse matar alguém do coração – Sonserina!
A mesa na extremidade direita à Alvo explodiu em festa. Era como uma compensação mais que satisfatória para os sonserinos, um Malfoy por um Potter. Um nome mais famoso e de mais expressão. Por outro lado, a mesa da Grifinória parecia se preparar para um funeral. Suas caras nunca demonstraram maior desapontamento e sensação de perda do que naquele momento.
Contudo, dentro de Alvo, uma mistura de sensações e emoções invadia seu corpo. Sua mente e seu coração pareciam estar em constante conflito. Ele não sabia se sorria ou se chorava. Se ele deveria corria para fora da escola ou se aceitava as boas vindas da Sonserina. Somente uma opção lhe ocorreu quando o Prof Longbottom retirou o Chapéu Seletor de seus cabelos escuros.
– É tão ruim ser da Sonserina? – perguntou Alvo para Neville que se mostrava tão surpreso quanto o restante da escola.
Neville encarou Alvo com seus olhos simpáticos e amistosos. Quase nada passava pela mente de Neville, nenhuma resposta que pudesse agradar completamente Alvo. Então, como um leve sopro, Longbottom deixou seus olhos recaírem sobre o afilhado assustado e enfim respondeu:
– Não.
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