Concentrando-se em seu desejo de conseguir uma
Penseira para poder analisar as lembranças que estavam no gabinete da Profª
Crouch. Alvo respirou fundo, três vezes, e depois fechou os olhos.
“Preciso de
uma Penseira. Preciso de uma Penseira para poder dar fim ao mistério de quem
atacou Hogwarts! Somente assim poderei fazer algo para ajudar a escola. Preciso
de uma Penseira!”
Lentamente após se concentrar e imaginar a si
próprio avistando e abrindo a passagem mágica da Sala Precisa, Alvo abriu os
olhos. Ele ansiava em poder tocar a maçaneta da porta e se deparar com uma sala
mística e curiosa abrigando a Penseira que ele tanto desejava encontrar. Porém,
ao arregalar os olhos só viu a fria parede do sétimo andar, exatamente como antes
de fechar os olhos. A Sala Precisa não havia se revelado para ele, o que o
deixou irritado. Por mais duas vezes ele pediu que a sala se revelasse, dando
ênfase na importância de tal desejo. Mas nada aconteceu.
Irritado e chateado, Alvo pensou em chutar a
superfície da parede para ver se a porta abriria a força, mas depois
reconsiderou – temendo até que a sala ficasse irritada com ele e proibisse sua
passagem.
Alvo contou sua tentativa de entrar na Sala
Precisa para Escórpio e Rosa no almoço. Para surpresa de Alvo, Escórpio lhe
parabenizou pela ideia e prometeu ajudá-lo caso ele quisesse tentar abrir a
sala em outra ocasião. Mas Rosa parecia conformada em saber do fracasso do
primo. Por alguma razão ela não entrou em detalhes sobre seu descontentamento,
porém não deixou de apoiar a ideia de Alvo.
– Foi um bom plano seu tentar usar a Sala Precisa,
Alvo, eu não estou te desmerecendo – Rosa disse enquanto se servia com cozido.
– Mas eu acho que seria bem improvável que a Sala Precisa atendesse a um pedido
como o que você fez. Para mim, do jeito que você falou, parecia que esperava
que a sala te presenteasse com uma Penseira, o que não é o propósito dela. Ela
pode se transformar em uma sala de estudos caso necessite, ou uma biblioteca
secreta com livros que até mesmo a Sessão Reservada desconhece...
– Ou um esconderijo, um armário de vassouras, uma
sala para você criar seu próprio exercito para combater o Ministério da Magia
ou o clássico banheiro para as “horas mais necessitadas” – Escórpio completou.
Alvo não pode deixar de rir da piada.
– E exatamente isso. Você teria de ser mais
específico quando diz que quer uma Penseira. Talvez nós devêssemos tentar abrir
a Sala Precisa mais algumas vezes. De fato seria como nos igualarmos ao Prof
Buttermere para saber quem usou o Percimpotens
Locomotor contra Hogwarts. – mas antes de voltar a almoçar, Rosa completou,
e Alvo pode notar um quê de apreensão em sua voz. – Desta vez vamos tentar
confiar mais no nosso professor e não vamos nos meter em confusão. Estou
falando isso porque alguém daqui de dentro tentou nos matar e sei lá Deus até
quando podemos nos sentir seguros. Eu gostaria de só ter de me preocupar com os
Exames Finais, e não no possível colapso de uma Terceira Guerra Bruxa.
– Eu vou fazer tudo que estiver ao meu alcance,
Rosa – Alvo disse com veemência. – E vou me esticar para conseguir fazer o que
não está ao meu alcance também. E, o que foi que disse mesmo? Você está preocupada com os exames?
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