algo de errado ou um desequilíbrio que possa
desmascarar aquele cretino, gostaria que não dessem as costas para tal e lutem
contra ele. Deve haver furos no ataque, mas furos tão pequenos que
precisaríamos de muita atenção aos fatos para podermos interceptar o assassino.
Já apresentei minhas questões a vocês, e se olharem por esse ângulo há muitos
furos deixados pelo Prof Buttermere...
– Lá vem você de novo! – esbravejou Rosa sem
querer aceitar que o Prof Buttermere fosse o traidor assassino. – Escórpio já não
explicou que é quase impossível que seja um professor o comandante do ataque?
– Quase
não é certeza – assinalou Alvo.
– Mas se for é uma possibilidade muito pequena –
disse Escórpio rodando incansavelmente, e assim mostrando sinais de tensão, sua
pena por entre os dedos. – Al, eu já falei, a rigorosidade no processo de
seleção de professores aumentou muito depois do incidente do ano passado. Por
isso não se contratou uma quantidade de professores em massa como ocorreu no
ano passado. Foram seis professores no total que foram contratados, e dois
deles eram aliados da Sociedade da Serpente. O controle está maior, há mais
barreiras para se entrar em Hogwarts sem ser convidado.
– Mais entraram! Ou vocês acham que foi um aluno
quem conjurou o feitiço?
– Hogwarts não está livre do passado negro de seus
alunos – observou Rosa tentando passar o assunto adiante e se focar no dever de
casa. – Riddle abriu a Câmara Secreta, seu pai, Escórpio, trouxe Comensais da
Morte para o castelo, e a tia Gina também abriu a câmara. Não me olhem com
essas caras! Só estou falando que mesmo um aluno, estando agindo por vontade
própria ou sendo possuídos por artes ocultas, não está livre de suspeita.
Fez se um silêncio entre os três.
Alvo ainda estava convicto de que o Prof Buttermere
estava envolvido no ataque. Sua análise
do fato mostrava claramente que ele poderia sim ser o bruxo que encantara as
estátuas de Hogwarts e por isso não pensou duas vezes em deixar que Amélia e
Connor enfrentassem a morte cara a cara. Entretanto o que Rosa disse fazia
sentido. Mesmo que doesse seu peito pensar nisso, sua mãe com apenas onze anos
de idade conseguira abrir a Câmara Secreta e fazer com que o basilisco de
Slytherin atacasse os nascidos-trouxas. É verdade que ela estava sendo
controlada pelo diário de Tom Riddle, uma das sete Horcruxes, mas quem garante
que nenhum Hogwartiano estivesse naquele exato momento sendo controlado por um
objeto de magia negra. Não uma Horcrux, como Gina na época, mas um objeto
contrabandeado com procedências duvidosas, mas que poderia ter sido muito bem
barganhado se falasse com as palavras certas com o dono da Borgin & Burkes.
– Agora vamos deixar esse assunto para lá e
começar os deveres – ordenou Rosa como se fosse a professora particular dos
dois rapazes, o que, de certo ponte do vista, não era mentira. – Vocês estão
com dificuldades para transfiguras as andorinhas da Profª Minerva em copos de
argila e Escórpio ainda precisa melhorar sua transformação do canário em tubo
de ensaio. E ainda temos uma redação sobre o feitiço Fera Verto para a próxima aula. Então, mãos à obra meninos!
O outono continuava
implacável com dias ensolarados no início da manhã, com um sol ameno que não
derreteria nem um cubo de gelo, seguido por tardes com
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