– Vamos, moleque! Faça como fez no memorial! – bradou Monomon irritado, sua própria varinha era agitada com exaltação para o corpo magrelo de Alvo. – Toque na casca da árvore!
Temeroso, Alvo hesitou e colocou a mão na casca. Ele acreditava que ela estaria fria, como a maioria das demais da floresta, mas estava quente e ofegante. Como se sua respiração acelerasse, seu coração começasse a bater em um ritmo mais acelerado, como após o fim de uma maratona de vinte quilômetros. Alvo sentiu como se sua mão fosse coberta por outra, uma bem macia e confortável, como a mão de sua mãe. De repente, a casca da árvore começou a se dobrar e a se remexer, e uma inclinação bastante obtusa surgiu por entre os galhos. Alvo pode distinguir as curvas das narinas, a irregularidades dos olhos, as curvas das orelhas a espessura dos lábios da dríade que aparecera em seu sonho.
– Você ignorou meu alerta, Alvo Severo Potter! – exclamou a ninfa de forma clara. Alvo olhou para os lados, esperançoso que algum de seus amigos ou o Prof Silvano lhe desse alguma ajuda. Mas, nenhum deles parecia estar vendo a dríade. Parecia mais um sonho que realidade. – Eu só sou vista por quem desejo – falou ela como se lesse os pensamentos do garoto. – Eles não são as pessoas que merecem me ver. Você fora agraciado com esse dom. Pode me ver, pode me ouvir. Mas parece firme em ignorar a segunda.
– Não vim até aqui por livre e espontânea vontade! – afirmou Alvo defendendo-se. – Está vendo este cara com cavanhaque? Ele obrigou a mim e a meus amigos a virmos por um túnel secreto até essa localidade. Rosa e Escórpio sabem que você condenou minha presença aqui. E Rosa e Escórpio...
– São aqueles dois pouco atrás. Rosa Weasley, filha de Ronald Abílio Weasley e Hermione Jeane Weasley e Escórpio Hipérion Malfoy, filho de Draco Lúcio Malfoy e Astoria Selene Malfoy – narrou a dríade como se fosse abrigada. – Além deles se encontram Mylor...
– Chega! Eu os conheço! – bradou Alvo gesticulando com os braços. – Eu só quero saber como saio dessa enrascada. Snape me disse para que eu não desse ouvidos ao que eles disserem, e tenho receio do que podem dizer! Sei, também, que sua árvore guarda a passagem para o Olho entre os Mundos de Ambratorix, e eles precisam de mim para ativá-lo. Mas eu não quero fazê-lo! Não posso!
– Não me fale daquele homem, denominado Albrieco Cadoco Ambratorix! – falou a dríade tristonhamente. Seus olhos se encheram de lágrimas florescentes. – Ele violou as defesas de meu senhor Merlim. Cavou em minha terra e transformou minha árvore em uma espécie de porta oculta. Sei o que causou meu despertar! Fora ela. A obra de Albrieco Cadoco Ambratorix! E ela está mais forte do que nunca. Você não deve temê-la, Alvo Severo Potter. Mas não deve subestimá-la.
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