lados desordenadamente. Com o passar do tempo, a terra seca e socada fora modificada por placas rochosas bastante quentes e vibrantes. Alvo olhava para os lados com mais atenção. Notava detalhes que durante seus sonhos passavam despercebidos. Notara que as raízes das árvores se tornavam menos robustas e mais vivas, e também deixavam de se intrometerem no meio do caminho. Em menos de cinco metros, Alvo já tinha um rasgão nas vestes e alguns cortes no rosto e nas pernas. Situação não muito diferente de Rosa e Escórpio. O rosto e as vestes da prima estavam com alguns arranhões e espinhos presos em seus cabelos ruivos. Escórpio perdera completamente o controle sobre seus cabelos sempre bem lustrosos e engomados. Eles pareciam, mais do que nunca, um ninho de cacatuas.
– Sigam em frente – falou Monomon pausadamente, apontando com a varinha para os degraus inclinados mais alguns lances para baixo. Sua voz era mórbida e fria como a de um robô.
Os cinco desceram até uma área mais circular e espaçosa, bloqueada somente pelas pilastras que sustentavam a terra, espalhadas por todo o interior do esconderijo do Caçador de Destinos. Bem no canto, como Alvo vira durante seus pesadelos estava ele. O objeto hexagonal em forma de caixão, tão cobiçado por gerações e gerações de bruxos e bruxas. Ele era luminoso como Alvo já constatava, e possuía gravado em seu redor imagens de bruxos e bruxas gloriosos e vitoriosos. Junto de suas figuras esculpidas no Olho entre os Mundos estavam seus nomes. Algumas imagens de bruxos repetiam os sobre nomes, e um ou outro parecia ter sido repetido duas vezes. Havia bastantes imagens rotuladas com o sobrenome Peverell (possíveis parentes de Ignoto), depois havia uma breve listagem de bruxos com nome Black e Gaunt, seguidos por uma listagem de bruxos nominados Potter. Quando vira seu nome, o de seu irmão e de seu pai gravados no Olho entre os Mundos, Alvo congelara. Suas pernas já não o obedeciam. Pareciam ter criado raízes e se fixado por entre as pedras.
Próximo ao Olho entre os Mundos, de costas para os cinco bruxos que chegavam, estava um homem parrudo e bem alto. Seus cabelos loiros grisalhos escorriam por suas vestes surradas de gris. Era um rabo de cavalo firme que chegava a ocultar parte de sua face rabugenta e homicida. Ao ouvir os passos dos novos visitantes, o homem se virou.
Alvo reconheceu-o imediatamente de várias fotos de “Procurado” na sala de seu pai. Alvo não se lembrara de seu nome, mas sabia que ele era um Comensal da Morte. Era o mesmo bruxo responsável pelo assassinato de Colin que Alvo presenciara em sua desconfortável viagem proporcionada pelo Memorial de Hogwarts. Assim como ele, Silvano também reconhecera o bruxo de imediato. Sua face mudou. Seus olhos ficaram mais dogmáticos e vingativos. Ele estava diante do bruxo que assassinara seu amigo bem em sua frente.
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