irrelevantes. Ralf e Sabrina tentaram passar pela ponte com certa naturalidade, o que era difícil quando se tem de estar atento a todos os cantos à procura de um objeto, tanto quanto suspeito.
– Como foi que Fred os descreveu para você? – perguntou Ralf fingindo se agachar para pegar algum objeto imaginário que caíra de sua mão.
– Fred me disse que eles parecem um saco de compras feito de papelão bem pontudo – começou Sabrina levando as mãos ao queixo e olhando para o teto. – Na ponta existe uma espécie de erva, que é o pavio. E está preso em alguma coisa como uma raiz de orquídea bem forte agarrada ao galho de outra árvore.
– Então já encontrei um – falou Ralf apontando com os quarenta centímetros de sua varinha de salgueiro com um núcleo muito duvidoso para um objeto oculto pela penumbra projetada pelo banco da ponte.
O Pântano Portátil estava compactado em uma espécie de sacola de compras muito gasta. A parte de baixo da sacola de papelão parecia estar úmida, mesmo estando camuflada por pinturas de várias cores. Pernas semelhantes a raízes saiam de sua superfície e se agarravam a uma dos pés do banco, com força.
– Devo incendiá-lo já? – Ralf olhou por cima do ombro e encontrou uma Sabrina ansiosa para ver o que guardava o Pântano Portátil – Tudo bem. Incendio!
Uma fagulha irrompeu da grossa varinha de Ralf, que mais se assemelhava a um bastão de quadribol, queimando a erva presa na ponta do Pântano Portátil.
Os dois Malignos se distanciaram um pouco de onde acabaram de incendiar o pântano. Após dois minutos, no exato momento em que dois secundaristas da Lufa-Lufa deixaram a ponte: houve uma explosão.
Um forte cheiro de fezes tomou as narinas de todos os ainda presentes na Ponte Coberta. Uma grossa e repugnante seiva cor de lodo com um insuportável cheiro de lixão começou a escorrer pelos cantos e despencar pelas estacas que sustentavam a ponte. Arbustos muito feios e grotescos brotaram por todos os lados, e um fora conjurado com tanta força que prendera um sextanista por entre sua folhagem.
Com os sapatos sujos lama e lodo, Ralf e Sabrina admiravam o feito. As mãos foram rapidamente colocadas no nariz, tampando as narinas e protegendo-os do forte odor vindo do pântano.
– Só faltam mais dois – falou Ralf com uma voz engraçada.
– Espere um pouco – disse Sabrina prendendo a respiração e escrevendo com sua pluma roxa nos sapatos de seu Mini Voldy Mofado.
Fase um, completa. Ponte com cheiro de bosta!
– Malditos! Escória Bruxa! – rangeu o Mini Voldy Mofado no bolso de Eduardo Jones. Ele retirou cuidadosamente o boneco de dentro de suas vestes e leu atentamente a mensagem escrita por Sabrina Hildegard.
Nenhum comentário:
Postar um comentário