sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Amigo das Corujas, pág 6

com mudanças climáticas ou barreiras imprevistas. Também acredito que melhor que apenas utilizar meia dúzia de corujas da escola, demonstrar a vocês como suas corujas fazem deve ser mais esclarecedor. Se me permitem, gostaria de convidar todas as corujas dos senhores presentes para se juntarem a nossa classe. Por favor, coloquem seus poleiros encima de suas mesas para um belo fim de nossa apresentação... Pois bem, se já estiverem prontos. Três... – Monomon enfiou a mão direita dentro da túnica azul anil e retirou sua varinha, um projétil reto de mais ou menos vinte e três centímetros com uma leve inclinação em sua base – Dois... – o professor ergueu o braço acima da cabeça – UM!  
A varinha erguida do Prof Monomon emitiu um agudo estalo que tomou os ouvidos de todos os presentes. No mesmo momento as cortinas de veludo vermelho se desprenderam de seu dossel, deslizando pela parede e caindo graciosamente pelo chão. Porém nem Alvo nem nenhum outro aluno tiveram tempo para admirar a cortina se desprendendo de sua base, pois assim que essa caiu, uma enorme variedade de poleiros guardados por corujas de todas as formas, cores e tamanhos surgiu tomando toda a atenção dos estudantes. Todos aqueles olhos negros voltados para eles sem piscar ou desviar. De costas, o Prof Monomon esbanjava um prazeroso e satisfeito sorriso, como se alegrasse de poder revelar a todos os presentes todas as criaturas ocultas sobre a cortina avermelhada.
– Venham, planem! Libertem-se de seus poleiros e mostrem a nós toda sua graciosidade! – o professor gritava de costas para as corujas ainda esbanjando grande prazer e felicidade. Seus olhos brilhavam conforme as corujas deixavam seus poleiros e começavam a rodopiar aleatoriamente pela sala de aula. – Agora seguindo meu comando, ok? – perguntou como se houvesse uma conexão telepática entre ele e todas aquelas corujas. – Formação Aerodinâmica Trinta e Dois, Coloração Monocromática!
As corujas se organizaram como uma grande lança voadora que rodopiava pelo teto da sala. Monomon as redigia como um maestro ou um sinalizador de aviões. Seus braços se contorciam de maneira que Alvo nunca imaginara que fosse possível de se realizar. As corujas estavam organizadas por suas cores. As mais escuras na ponta, sinalizando o poder ofensivo da grande lança formada por elas, a frente de todas estava à grande bola redonda de gordura coberta de penas que era a coruja de Perseu. Ao seu lado além de uma graciosa coruja das ravinas estava Galdino, a coruja de Escórpio que dava frenéticas bicadas na pata da coruja de Perseu ordenando que ela fosse mais rápida. Artie estava mais atrás, sua cor acinzentada fazia com que ele ocupasse quase que a metade da grande lança orquestrada pelo Prof Monomon. A coruja se mostrava muito mais leve e aplumada do que da última vez que Alvo a vira (há dois dias quando despachara uma carta para o Largo Grimmauld). Diferente da coruja de Perseu, Artie não era bicado por nenhuma de

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