Capítulo Dez
O Segredo de McNaught
Uma hora depois da vitória da Sonserina sobre a Lufa-Lufa (o que levara a casa a assumir a primeira colocação tanto do Campeonato de Quadribol quanto da Taça das Casas) Alvo estava deitado em uma cama na Ala Hospitalar sobre os cuidados de Madame Pomfrey, que ainda reclamava pela demora do rapaz a ser levado à enfermaria. Alvo ficara um bom tempo entre seus colegas de casa depois do jogo. Mesmo com o braço dolorido, o apanhador – e recente herói sonserino, se divertiu cantando com seus colegas pelos corredores da escola.
– Isso foi muito irresponsável de sua parte, Potter! E sua também Laughalot! – vozeava Madame Pomfrey enquanto atravessava as camas impecavelmente arrumadas até chagar à que Alvo ocupava. Atrás dela sua ajudante das horas vagas, Sara Aubrey trazia consigo uma bandeja de prata com uma garrafa contendo um líquido transparente e um copo de cerâmica. – Ah, obrigada, Aubrey. Tome isso Potter... Se vocês quiserem ficar em minha enfermaria tratem de se apresentarem de maneira mais, limpa – Madame Pomfrey fazia referência aos uniformes molhados e cobertos de lama dos jogadores. – Eh, Humberstone, isso, segure a tala de Fincher.
– Ei! – protestou Cadu, irritado, elevando sua voz a uma tonalidade que desagradava muito Madame Pomfrey. – Humberstone também está tão imundo quanto nós!
– Ele pelo menos está ajudando! Diferente de você, Sr Branstone! E pare de gemer Fincher! Só deslocou o ombro.
– Só! – repetiu o batedor surpreso.
– Eca! – resmungou Alvo contendo a vontade de cuspir o líquido servido por Sara. – Isso tem gosto de xixi de trasgo!
– Já provou xixi de trasgo? – Sara parecia completamente fora do contesto caótico e desorientado que se encontrava a enfermaria. – Feche os olhos e tome tudo de um gole só. Esse remédio possui um efeito mais rápido do que os demais. Em três dias seu braço já estará bom.
– Três dias! – gritou Laughalot entre os empurrões de Madame Pomfrey forçando ele e o resto do time a deixarem as instalações. – Nós começaremos os treinos para o jogo contra a Corvinal depois de amanhã!
– Mas não vamos mesmo! – afirmou Demelza que mesmo sendo mais nova e possuindo alguns centímetros a menos que Erico; dispunha de grande força nos braços, capaz de arremessar a cabeça do capitão com a mesma força que ela arremessava a goles.
– Vai passar a noite aqui, está entendido, Potter?
– Sim, senhora – respondeu rapidamente, não querendo contrariar a enfermeira.
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