anos eu te perguntasse quem entregou os avós de
Alvo a Voldemort e assassinou vinte trouxas...
– Eu seria forçado a responder Sirius Black, mesmo
ele sendo inocente – Régulo interrompeu, mas Rosa não ficou chateada, pois ele
seguira exatamente a linha de seu raciocínio. – Uma vez que havia registros
afirmando que Black era o assassino. Mas caso você me perguntasse isso hoje eu lhe responderia que o assassino
foi Pedro Pettigrew. Meus parabéns, garota, você é mais esperta do que eu
imaginava, ganhou meu reconhecimento.
– Então nada pode dizer sobre quem invocou o Percimpotens Locomotor, uma vez que não
haja dados sobre isso – concluiu Escórpio.
– Isso é óbvio! – Régulo deu de ombros. – Sobre
este caso eu não poderia discutir nada além de suposições. E foi isso que
Hanbal sempre fazia. Formulava ideias, levantava hipóteses e fazia
especulações. A cada noite e a cada levantamento menos suspeitos restavam. Uma
mente brilhante a de Hanbal, teria sido brilhante se usado da maneira
correta...
– O que isso quer dizer? – Alvo não se conteve. –
Quais eram as suposições do Prof Buttermere?
– Ele me fez jurar, a mim e aos meus irmãos, que
não poderíamos relatar isso a ninguém. Caso contrário, nossa magia seria
extinta.
– Ele pode estar blefando – Escórpio sugeriu.
– Sim, poderia, mas eu não estou a fim de arriscar
meu pescoço!
– Mas... – Alvo se lembrou de algo que Régulo
havia lhe dito horas antes quando eles se encontraram pela primeira vez. Algo
sobre o tipo de trabalho que ele e os outros shabtis estavam fazendo para o Prof Buttermere. – Você havia dito
que outros de seus irmãos eram mais requisitados pelo Prof Buttermere porque
tinham braços maiores e conseguiam pegar mais frascos. Que frascos seriam
esses?
Régulo olhou para Alvo com uma expressão fechada.
O boneco parecia temeroso em responder, mas havia uma magia que o forçava a
falar: seu elo de responsabilidade com Alvo. Era algo íntimo, sim, que só
deveria ser compartilhado entre ele e o Prof Buttermere, mas uma vez que Alvo o
havia invocado e não havendo nenhum juramento que o impedisse de falar, não
havia nenhum outro caminho a ser seguido por Régulo se não responder.
– Há algum tempo Buttermere mobiliza todos os meus
irmãos para realizar furtos ao gabinete da Profª Crouch – Régulo confessou com
pesar, como se tivesse de digerir grampos.
– O que?
– gritaram Alvo, Escórpio e Rosa em uníssono.
Régulo revirou os olhos, aparentemente
envergonhado consigo mesmo.
– Não é como pensam. Ele
não está roubando a diretora. Ele só está colhendo informações. Informações que
não estão nos arquivos do Quartel General dos Aurores, mas sim nas lembranças
daqueles que encheram frascos com
elementos a serem vistos em uma Penseira – Régulo pigarreou, e fingiu limpar
algo como sua garganta. – Hanbal ordenava a meus irmãos e a mim que fôssemos
durante a madrugada pegar lembranças específicas que poderiam ajudá-lo a
resolver o caso do ataque a esta escola. Não era uma aleatória invasão de
privacidade, antes que
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