de
veludo, agora com o brasão da família Black gravado na capa. Ah, agora papai é assinante do Profeta
Diário. Toda manhã uma coruja aparece lá
em casa trazendo um exemplar. O único problema são os vizinhos que acham aquela
revoada muito estranha.
Alvo
não sabia se poderia comentar o incidente, então tudo que disse foi:
–
Não sei se posso comentar isso com vocês.
–
Alvo! – exclamou Rosa em tom de
censura, como se dissesse “Era melhor ter
ficado calado!”.
–
Então quer dizer que você esteve
metido nisso – concluiu Isaac com seu inconveniente dom de achar brechas nas
palavras dos outros.
–
Vamos falar sobre outra coisa, ok? Não quero me meter em mais problemas com o
Ministério...
–
ALVO! – bradou Rosa lançando mais um de seus olhares furtivos e sua expressão
era de “Dá para calar a droga da boca?!”.
Conforme
o Expresso Hogwarts foi avançando para o norte as casas foram se tornando
menores, mais pobres até se extinguirem. Do lado de fora do trem não se dava
para ouvir ou ver nada. As nuvens bloqueavam o sol e a escuridão tomava tudo em
uma velocidade tamanha que, antes mesmo das duas da tarde, as lâmpadas dos
vagões já haviam sido acesas. Enormes gotas d’água caíam das pesadas nuvens e
varriam tudo que havia do lado de fora da locomotiva que agora parecia que
estava dentro de um lava-jato. Alvo olhara para além da janela de seu
compartimento e pode ver as árvores se debatendo devido ao forte vento e o rio
que cortava um vale descer feroz e violento carregando não só água, assim como
lama e barro.
Dentro
do compartimento aquecido e seguro, Lucas contava aos amigos como seu pai estava
radiante agora que uma de suas publicações constava na lista de material de
Hogwarts. Ele fazia especulações sobre o novo professor de Defesa contra as
Artes das Trevas e como ele deveria ser antenado para saber sobre uma
publicação que poucos davam significância por se tratar de um livro que falava
sobre o maior educandário de magia do Egito.
Depois
quando eles começaram a falar sobre quadribol e sobre a derrota da Inglaterra
nas finais e como Alvo havia estava bem perto da família Krum, Rosa se
desligara completamente deles e se dirigira exclusivamente ao seu livro de
feitiços. Lana fizera algo um pouco parecido. Ela tirara de sua mochila um
vasinho que continha uma plantinha com o formato de uma mão de bebê, sendo que
onde haveria a ponta dos dedos havia pétalas cor de amora que ficavam girando
como hélices de um helicóptero. Lana havia herdado de seu pai também a adoração
e o talento em Herbologia.
Durante toda a viagem,
quando estudantes passavam sem nenhum razão em especial pelo corredor onde
estava a cabine de Alvo, o garoto percebia que alguns deles se detinham um
estante para olhar para ele. O menino conhecia aqueles
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