florestal
digam que estão na excursão do Colégio Afonso Gonçalves. É só para despistá-lo.
O
grupo de viajantes seguiu a trilha indicada pelo bruxo brasileiro. Ao passarem
por uma clareira sentiram como se estivessem saindo de uma enorme bolha de
sabão ou como se acabassem de emergir do meio de águas profundas. Era como se
todo o seu corpo estivesse imerso em uma enorme gelatina e finalmente conseguiu
a liberdade. Depois de se sentir livre da prisão de sabão, o grupo se deparou
com uma área completamente descampada com inúmeras cabanas já armadas e
empilhadas desorganizadamente por todos os hectares. As cabaninhas se estendiam
pelo horizonte até se perder de vista. Algumas estavam estilizadas com cores e
bandeiras, flâmulas de todos os times de Quadribol e de Trancabola que se podia
imaginar, mas aquela área em questão estava domada pelo branco e pelo vermelho
da Inglaterra.
Frases
e cânticos em inglês enchiam o ar de vivacidade e Alvo pode ouvir bem cada
palavra que os bruxos e bruxos diziam conforme ele e o restante de seus
familiares caminhavam lentamente pelo campo entre as longas fileiras de
barracas inglesas. A maioria das barracas do acampamento inglês estava se
camuflando bem. Quase não se levantava a suspeita de que elas abrigavam
famílias de pessoas com poderes mágicos, mas outras despertariam a curiosidade
do tal guarda florestal mencionado pelo representante do ministério brasileiro.
Elas possuíam janelas e dois pavimentos, outras tinham tortas e irregulares
chaminés que expeliam pequenos rastros de fumaça aos céus. A mais extravagante
vista por Alvo era do tamanho de uma picape. Era coberta por seda e possuía um
jardim acoplado, com chafarizes para os passarinhos, um cata-vento e (talvez
para tentar não chamar atenção) figuras fofas, porém irritantes, de duendes
trouxas feitos de barro com longas barbas brancas chapéus cônicos vermelhos.
–
Estamos evoluindo – comentou Harry admirando as instalações dos bruxos. – Na
última copa mundial que vi havia uma cabana com três andares, uma piscina,
churrasqueira e um observatório.
–
Ela fora confiscada, logicamente – não pode deixar de completar a tia Hermione
com um ar de trabalho bem feito.
–
Aquela é a nossa, papai? – perguntou Lílian indicando um pequeno hectare de
grama batida vazio. Nele havia duas placas uma escrita em tinta laranja
“Weazlly” e outra escrita em amarelo “Porterr”.
–
Parece que sim – falou Gina analisando a caligrafia feia e torta escrita na
placa.
–
Não é tão ruim – afirmou o tio Rony. – Mas acho que poderíamos ter conseguido
vizinhos melhores... Não olhem agora, mas acho que aquela é a acabana dos
Diggory.
Rony
apontava por trás do ombro para uma cabana com uma velha senhora pendurando uns
enfeites de passarinhos encantados na entrada de sua cabana.
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