Os
jogadores dos Jaguares explodiram de seu vestiário sem nenhuma formação, apenas
alunos e alunas planando de um lado para o outro sem rumo, somente encantando
sua torcida com manobras arriscadas. Após poucos minutos de manobras sagazes,
arrogantes e cheias de esmo, os Jaguares se organizaram milimetricamente ao seu
lado do campo, próximos aos Tigres.
–
Agora para o fim da cerimônia de
abertura, Madame Rodrigues, nossa árbitra oficial das partidas de Trancabola e
Quadribol, sobe em sua vassoura e plana em direção aos capitães.
Quando
Madame Rodrigues chegou ao alto, os capitães se aproximaram dela e apertaram a
mão um do outro.
–
Um jogo sem faltas! – esbravejou a professora, óculos de sol estavam em seu
rosto, protegendo seus olhos cor de ameixa dos raios ultravioletas. O laço
amarelo e a fita balançavam sobre a ação do vento. – Sem cotoveladas, socos ou
pontapés. O jogador que infringir alguma regra será advertido e sua equipe
punida. Aquele jogador que estiver com a posse da bola quando ela explodir deve
se encaminhar para a cabine de sua equipe, sem picuinhas. Estão prontos?
Os
capitães confirmaram. A professora sacou sua varinha pouco depois de levar o
apito aos lábios. Ela fez algum encantamento não verbal e fez, com um aceno de
mão, que a bola fosse arremessada na vertical. O apito soou... E o jogo
começou.
Diferentemente
do quadribol onde somente três jogadores de cada time poderiam se apossar da
goles, no Trancabola todos jogadores
poderiam tentar roubar a bola de seu adversário. Assim dez jogadores de cada
equipe avançaram para a bola auto-explosiva de uma vez. Somente um jogador de
cada lado não deu importância à bola, aos goleiros, e recuaram para mais perto
de seus caldeirões.
“A posse da bola está com
Fernando Cunha dos Tigres. Ele voa rapidamente em sua Nimbus 2001 pelo canto
esquerdo do campo. Dois jogadores dos Jaguares se aproximam de Cunha em alta
velocidade. Fernando lança a bola para uma de suas companheiras.”
O
jogador dos Tigres lançara a bola para a garota que Alvo vira no Salão
Principal do dia anterior. Ana Flávia era forte e durona, o que fez Alvo
novamente pensar em Montague. Ela tomou a posse da bola e a meteu embaixo de
seu braço. Outros dois jogadores dos Jaguares tentaram se aproximar de Ana
Flávia, mas a garota deu um giro em sua vassoura e conseguiu passar pelos dois,
depois lançou a bola para seu amigo, João Vitor, que a recebeu e lançou no
contrapé do goleiro dos Jaguares, marcando o primeiro gol.
“Bela jogada da equipe dos
Tigres, tirando completamente nosso goleiro Jaguar da jogada. Um a zero para os
Tigres” narrou Pedro Bellinaso menos entusiasmado.
Os jogadores dos Tigres
pareciam estar dominando a partida. Os jogadores sobrevoavam o entorno do campo
fazendo passes rápidos e precisos desarmes. Quando finalmente um jogador dos Jaguares
tomara a posse da bola, ela já estava inchada de tanta energia mágica agrupada
nela. Demorara muito desde que ela
Nenhum comentário:
Postar um comentário