terça-feira, 19 de junho de 2012

Trancabola, pág 11


Os jogadores dos Jaguares explodiram de seu vestiário sem nenhuma formação, apenas alunos e alunas planando de um lado para o outro sem rumo, somente encantando sua torcida com manobras arriscadas. Após poucos minutos de manobras sagazes, arrogantes e cheias de esmo, os Jaguares se organizaram milimetricamente ao seu lado do campo, próximos aos Tigres.
Agora para o fim da cerimônia de abertura, Madame Rodrigues, nossa árbitra oficial das partidas de Trancabola e Quadribol, sobe em sua vassoura e plana em direção aos capitães.
Quando Madame Rodrigues chegou ao alto, os capitães se aproximaram dela e apertaram a mão um do outro.
– Um jogo sem faltas! – esbravejou a professora, óculos de sol estavam em seu rosto, protegendo seus olhos cor de ameixa dos raios ultravioletas. O laço amarelo e a fita balançavam sobre a ação do vento. – Sem cotoveladas, socos ou pontapés. O jogador que infringir alguma regra será advertido e sua equipe punida. Aquele jogador que estiver com a posse da bola quando ela explodir deve se encaminhar para a cabine de sua equipe, sem picuinhas. Estão prontos?
Os capitães confirmaram. A professora sacou sua varinha pouco depois de levar o apito aos lábios. Ela fez algum encantamento não verbal e fez, com um aceno de mão, que a bola fosse arremessada na vertical. O apito soou... E o jogo começou.  
Diferentemente do quadribol onde somente três jogadores de cada time poderiam se apossar da goles, no Trancabola todos jogadores poderiam tentar roubar a bola de seu adversário. Assim dez jogadores de cada equipe avançaram para a bola auto-explosiva de uma vez. Somente um jogador de cada lado não deu importância à bola, aos goleiros, e recuaram para mais perto de seus caldeirões.
“A posse da bola está com Fernando Cunha dos Tigres. Ele voa rapidamente em sua Nimbus 2001 pelo canto esquerdo do campo. Dois jogadores dos Jaguares se aproximam de Cunha em alta velocidade. Fernando lança a bola para uma de suas companheiras.”
O jogador dos Tigres lançara a bola para a garota que Alvo vira no Salão Principal do dia anterior. Ana Flávia era forte e durona, o que fez Alvo novamente pensar em Montague. Ela tomou a posse da bola e a meteu embaixo de seu braço. Outros dois jogadores dos Jaguares tentaram se aproximar de Ana Flávia, mas a garota deu um giro em sua vassoura e conseguiu passar pelos dois, depois lançou a bola para seu amigo, João Vitor, que a recebeu e lançou no contrapé do goleiro dos Jaguares, marcando o primeiro gol.
“Bela jogada da equipe dos Tigres, tirando completamente nosso goleiro Jaguar da jogada. Um a zero para os Tigres” narrou Pedro Bellinaso menos entusiasmado.
Os jogadores dos Tigres pareciam estar dominando a partida. Os jogadores sobrevoavam o entorno do campo fazendo passes rápidos e precisos desarmes. Quando finalmente um jogador dos Jaguares tomara a posse da bola, ela já estava inchada de tanta energia mágica agrupada nela. Demorara muito desde que ela

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