estragar
a alegria de seu pai. De revelar a ele que já tinha conhecimento de seu
parentesco com Dorea Black e que soubera de tudo por um parente bastante lúdico.
–
Por que você acha que a Srª Black tentara expulsar todos os que ajudaram Sirius
a fugir de casa se ela o detestava tanto? – ele perguntou tentando desvencilhar
seus pensamentos da visão que tivera da Srª Potter no início do ano – O lógico
seria ela estar bem agradecida a essas pessoas que providenciaram que ela se
desse livre de sua prole indesejável.
–
Se o coração de uma mãe fosse lógico, elas seriam máquinas bem aparafusadas e
viriam com um manual de instruções bem simplificado – respondeu Harry ajeitando
suas roupas e empurrando os farelos de seu sanduíche para baixo do sofá. – Não
sei o porquê de a Srª Black lutou tão arduamente para impedir que seu filho a
deixasse a flor da idade. A consciência provavelmente deve ter pesado.
–
Você já pensou em restaurá-la? – tartamudeou Alvo limpando os farelos do
biscoito de sua boca. Ainda restavam três biscoitos com gotas de chocolate e
metade de leite em seu copo. – As tapeçarias.
–
Várias vezes – afirmou Harry.
Em
seguida: Monstro surgiu.
–
Lamento a demora, meu senhor. A garrafa de vinho havia sido posta em outro
local. Monstro teve de utilizar um Feitiço Convocatório para encontrá-la – o
elfo estalou os dedos e a garrafa com um líquido arroxeado como se fosse
inteiramente feito de uva parra recém colhida. O vinho escorreu pela boca da
garrafa e entrou em contato com a superfície gelada da taça. O líquido fez
menção de escorrer, mas não o fez. Bolhinhas de gás emergiram do fundo do copo,
graciosamente.
–
Está dispensado, Monstro – disse Harry recolhendo a taça. – Pode voltar a
dormir.
Dessa
vez Monstro não fez reverência, apenas deixou o aposento.
–
Como eu ia dizendo, Al... Sim, eu já tentei restaurar as tapeçarias, indaguei
até ao pintor que dera um trato no retrato da Srª Black sobre quanto custaria o
serviço. Mas tendo relações estreitas com os Weasley, se eu quisesse reformar completamente as tapeçarias teria de
desembolsar uma boa quantia.
–
Mas seria legal! – exclamou Alvo, animado.
–
E você poderia ver seus amigos todo dia – contou Harry analisando a taça de
vinho, mas sem levá-la a boca. – Muitos de seus colegas teriam um retrato aqui.
Veja, se restaurássemos a foto de Mário Black, teríamos de acrescentar seus
descendentes, o que chegaria a seu amigo Lívio. Completaríamos a linhagem dos
Malfoy e Escórpio ficaria mais ou menos ali. Também colocaríamos seu
companheiro de dormitório Isaac Prewett entrelaçado junto aos descendentes de
Inácio e Lucretia Prewett. Mas não me sentiria muito à-vontade em colocar a
foto da tia de Isaac nas tapeçarias.
–
Você a conheceu?
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