sábado, 12 de maio de 2012

A Insônia, pág 11


estragar a alegria de seu pai. De revelar a ele que já tinha conhecimento de seu parentesco com Dorea Black e que soubera de tudo por um parente bastante lúdico.
– Por que você acha que a Srª Black tentara expulsar todos os que ajudaram Sirius a fugir de casa se ela o detestava tanto? – ele perguntou tentando desvencilhar seus pensamentos da visão que tivera da Srª Potter no início do ano – O lógico seria ela estar bem agradecida a essas pessoas que providenciaram que ela se desse livre de sua prole indesejável.
– Se o coração de uma mãe fosse lógico, elas seriam máquinas bem aparafusadas e viriam com um manual de instruções bem simplificado – respondeu Harry ajeitando suas roupas e empurrando os farelos de seu sanduíche para baixo do sofá. – Não sei o porquê de a Srª Black lutou tão arduamente para impedir que seu filho a deixasse a flor da idade. A consciência provavelmente deve ter pesado.
– Você já pensou em restaurá-la? – tartamudeou Alvo limpando os farelos do biscoito de sua boca. Ainda restavam três biscoitos com gotas de chocolate e metade de leite em seu copo. – As tapeçarias.
– Várias vezes – afirmou Harry.
Em seguida: Monstro surgiu.
– Lamento a demora, meu senhor. A garrafa de vinho havia sido posta em outro local. Monstro teve de utilizar um Feitiço Convocatório para encontrá-la – o elfo estalou os dedos e a garrafa com um líquido arroxeado como se fosse inteiramente feito de uva parra recém colhida. O vinho escorreu pela boca da garrafa e entrou em contato com a superfície gelada da taça. O líquido fez menção de escorrer, mas não o fez. Bolhinhas de gás emergiram do fundo do copo, graciosamente.
– Está dispensado, Monstro – disse Harry recolhendo a taça. – Pode voltar a dormir.
Dessa vez Monstro não fez reverência, apenas deixou o aposento.
– Como eu ia dizendo, Al... Sim, eu já tentei restaurar as tapeçarias, indaguei até ao pintor que dera um trato no retrato da Srª Black sobre quanto custaria o serviço. Mas tendo relações estreitas com os Weasley, se eu quisesse reformar completamente as tapeçarias teria de desembolsar uma boa quantia.
– Mas seria legal! – exclamou Alvo, animado.
– E você poderia ver seus amigos todo dia – contou Harry analisando a taça de vinho, mas sem levá-la a boca. – Muitos de seus colegas teriam um retrato aqui. Veja, se restaurássemos a foto de Mário Black, teríamos de acrescentar seus descendentes, o que chegaria a seu amigo Lívio. Completaríamos a linhagem dos Malfoy e Escórpio ficaria mais ou menos ali. Também colocaríamos seu companheiro de dormitório Isaac Prewett entrelaçado junto aos descendentes de Inácio e Lucretia Prewett. Mas não me sentiria muito à-vontade em colocar a foto da tia de Isaac nas tapeçarias.
– Você a conheceu?

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