Alvo sentiu as bochechas arderem. E, diferente das de Ted, elas ficaram vermelhas. Ele olhou para Rosa, Escórpio, Isaac e Lucas e logo depois para Perseu e mais alguns Malignos que se amontoavam pelo Saguão de Entrada.
– Vamos, Al! – encorajou Rosa piscando.
– Por mim, tanto faz – afirmou Escórpio.
– Tá, me convenceram – e virou-se para os outros que se juntavam. – Ei! Perseu! Sabrina! Agamenon! Cheguem mais!
O grupo se amontoou ao seu redor, e Ted teve de dar muitos passos para trás para poder enquadrar todos os presentes na foto. Quando Ted ajustou o onióculos todos gritaram “x” e o flash da máquina iluminou os rostos de todos. Fora um ano incrível.
Assim como quando estava embarcando no Expresso Hogwarts, Alvo também teve de lidar com uma densa camada de fumaça que escondia os pais e parentes dos alunos na plataforma. A viagem de volta a Londres parecera ser mais rápida que a que os levara para Hogwarts, talvez porque Alvo não estivesse tão nervoso. Talvez porque passar a maior parte do tempo brincando com seus amigos na cabine ou porque simplesmente era para ser mais rápida.
Quando as rodas do trem pararam, Alvo saiu da cabine do trem acompanhado de Escórpio, Rosa e Tiago. Eles se despediram de Isaac e Ralf, que seguiram para a esquerda, onde seus respectivos pais os aguardavam. Pouco antes de deixarem a locomotiva carmesim, Alvo reteve Escórpio por mais uns segundos, e pedira para que Rosa e Tiago seguissem. O irmão ficou meio apreensivo, mas Rosa o obrigou a sair do trem.
Alvo guardara aquela informação até o final. Até o último momento em que estaria com Escórpio. Não sabia qual seria a reação de Escórpio. Se o garoto ira gostar ou não da informação. Caso ela o desagradasse, Alvo poderia dar as costas e correr para perto da família. O que seria bom caso Escórpio se enfurecesse e quisesse o azarar.
– O que eu quero lhe dizer é... Ah, tchau Irene, tchau Ísis! – falou Alvo quando as duas amigas acenaram para ele e deixaram o trem. – Bem, você se lembra que Yaxley falou na gruta que seu avô estava morto? É mentira. Quando estive com Ambratorix, pedi para ele averiguar se seu avô estava ou não morto. Não sei o quanto isso pode lhe afetar, mas lhe devia essa. Você me salvara duas vezes esse ano. Na floresta com as aranhas e Moragogue e na gruta. Só queria que soubesse que Lúcio Malfoy não está morto.
Escórpio abaixou os olhos. Parecia querer falar alguma coisa para Alvo, mas não sabia como fazê-lo. Era como se seu cérebro houvesse entrado em pane, e não soubesse fazer nada além de uma cara de bobo débil.
– Eh, o... Ob... O-obrigado, Alvo – gaguejou Escórpio ainda com uma cara retardada. – Obrigado, amigo.
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