domingo, 11 de setembro de 2011

O Segredo de McNaught, pág 9


– Isto é... Ela é... – Rosa estava sem fala. Mal conseguia formar uma frase com sentido, o que não era comum para ela.
– Uma fênix – completou Escórpio tão estupefato quanto seus amigos.
Não era uma fênix qualquer. Era uma fênix de cauda larga e chamuscaste, com penetrantes e saltados olhos negros que piscavam loucamente. Sua plumagem era em tons de fogo, mas sua crina era azulada, como as das labaredas do fogo crepitante.
– C... como a conseguiu? – perguntou Alvo ainda titubeante. 
– Eu a comprei, como já disse, mas fora quase que dada – soluçou Hagrid tanto emocionado. – Eu estava no Três Vassouras quando uma mulher se interessou por mim e quis saber se eu estava interessado em comprar o ovo. Ela era suspeita, parecia metade duende e trasgo ao mesmo tempo. Pelo preço que comprei parecia uma pechincha, ela parecia estar doida para se livrar da fênix. E eu não podia deixar o coitadinho do ovo nas mãos daquela gárgula quadrada! Ela seria maltratada, então a trouxe comigo... Mas Filch descobriu que eu estava a guardando aqui em minha cabana quando ouviu o ovo rachar e a fênix cantar. Ele me delatou para a diretora que confiscou o ovo de mim.
Hagrid pegou um lenço, que mais parecia uma fronha de travesseiro e assuou o nariz nela.  
– Não acreditei quando a diretora me devolveu minha pequenina Faísca, esse é o nome dela, sabem? Pois não produziu nada que não fosse uma faiscazinha – soluçava Hagrid limpando uma lágrima com seu dedo gorducho. – Foi em outubro. Faísca havia queimado e a professora não soube o que fazer. Ela não era muito boa com criaturas mágicas, sabem? Daí ela achou melhor eu cuidar dela.
– Isso mostra que a diretora confia em você – disse Rosa para animar o amigo grandalhão.
– Sim – soluçou Hagrid em resposta.
Alvo, Escórpio e Rosa sabiam que comeriam somente as sobras do jantar já que passaram bastante tempo conversando com Hagrid e apreciando Faísca. O que gerou inveja em Rolino que sempre que tinha uma brecha lambia o rosto de um dos três jovens antes de lançar um latido.
Hagrid já se despedia dos três quando um forte estrondo pode se ouvir vindo da Floresta Negra. Os quatro se voltaram para a escuridão que tomava conta da floresta, esperando talvez ouvir o galopar dos centauros ou o rugir de outra fera. Porém só o que se ouviam eram mais estampidos e disparos semelhantes a tiros.
– O que está havendo? – Hagrid se precipitara para a orla da floresta. – Não são os centauros. Isso não é barulho de flechas. Parece um duelo.

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