tornozelos para poder ver quem salvara a vida de Escórpio. Quem fora o arqueiro que lançara a flecha certeira que passara a um milímetro de sua orelha...
– Firenze! – exclamou Hagrid conforme o centauro se aproximava dos três humanos guiando seu grupo de homens cavalo.
– Como vai, Rúbeo? – disse o centauro Firenze com sua voz calma e aconchegante, o arco que salvara Escórpio já preso em suas costas. – Estão vendo. Eu disse que a luz de Vênus incidindo a leste era o sinal de alguém em perigo.
– Como chegaram até aqui? – perguntou Hagrid se recompondo do ataque das aranhas.
– Uma luz incomum em Vênus incidindo a leste era o sinal de alguém em perigo – repetiu Firenze com naturalidade, seus olhos percorriam a chacina de aranhas.
– Já sabemos disso! – afirmou Escórpio.
– Também percebemos uma luz vermelha vinda desta direção – afirmou outro centauro detrás de Firenze. Este possuía cabelos e barba avermelhada, além de uma longa cauda que tocava o solo.
– Ah, como vai, Ronan? – Hagrid sorriu para o segundo centauro, o chamado Ronan, que olhava apreensivamente para os dois garotos. – Ah, estes são Escórpio Malfoy e Alvo...
– Dumbledore? – pigarreou outro centauro. Ele era o menor entre os cinco ali presentes. Sua cabeleira era loira e rebelde com uma barbicha bifurcada e uma calda inquieta.
– Não, Garano. Alvo Potter.
– Filho de Harry Potter? – sugeriu Firenze se aproximando de Alvo. Seus olhos negros estudaram Alvo com cuidado parando sobre seus olhos verdes. Seu rosto se iluminou.
– Sim – assentiu Alvo, envergonhado.
– Firenze, veja! – exclamou Garano que galopara até onde o falso Prof McNaught estava caído. – Este humano está morrendo!
– Quem ele é? – perguntou Ronan recostando o intruso nas pedras da grande estalagmite.
– Não sabemos – disse Alvo ajudando os centauros. – Achávamos que era nosso professor... Sabem lá do castelo. Mas ele está muito diferente.
– Como teus amigos lhe chamam, jovem humano? – perguntou Ronan para o intruso.
– Foi tudo minha culpa! – afirmou o intruso culpando-se. Seus olhos saltavam das órbitas e sua boca espumava. Uma gota de saliva escorria pelo canto de sua boca, até cair sobre suas vestes rasgadas. – Foi tudo minha culpa! Eu... eu fiz uma burrada! Se eu não tivesse me juntado, todos estariam vivos. A culpa foi minha!
– Como te chamas! – insistiu Ronan batendo os cascos.
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